Apesar de a transformação digital ser fundamental para a estratégia empresarial, muitas organizações de processos industriais ainda não estão totalmente preparadas. Esta conclusão faz parte de um estudo conduzido pela Schneider Electric e pela Omdia para melhor compreender as dificuldades e os desafios específicos que as empresas de processos industriais enfrentam quando dão início às suas jornadas digitais.
De acordo com o estudo, mais de três quartos (78%) dos inquiridos nesta investigação, que se centrou na eficácia dos sistemas de controlo distribuído (DCS, na sua sigla em inglês), declararam estar a implementar ativamente iniciativas de transformação digital numa ou mais instalações. No entanto, pouco mais de metade (55%) está apenas parcialmente capacitada para levar a cabo estas atividades de forma eficaz. Este défice representa um enorme desafio, na medida em que “a quase totalidade das organizações (94%) acredita que a transformação digital terá um impacto significativo nas suas operações durante os próximos dois a três anos”.
Esta investigação inquiriu centenas de compradores e utilizadores finais em toda a Europa, América do Norte, Médio Oriente e região da Ásia-Pacífico, em seis indústrias: água, químicos, petróleo e gás, refinação, papel e celulose e produção de energia.
De acordo com o estudo, um total de 88% dos inquiridos afirmou que o apoio do seu fornecedor nas atualizações ou modernização dos DCS foi excelente. No entanto, apesar desta confiança no suporte recebido por parte dos fornecedores, os consumidores identificaram três qualidades principais que procuram nestes para melhorar os seus DCS:
- Melhor desempenho e melhor funcionalidade dos sistemas
- Maiores capacidades de integração de sistemas
- Retorno do investimento comprovado.
Eliminar as barreiras entre TI e TO
O estudo concluiu também que é necessária uma maior colaboração entre as Tecnologias de Informação (TI) e as Tecnologias Operacionais (TO) para que a transformação digital seja bem-sucedida. A convergência entre TI e TO já está a acontecer em muitas organizações, mas ainda com níveis mistos de alinhamento comportamental e priorização partilhada, indica a análise.
Esta investigação mostrou que os departamentos de TO e TI colaboram mais no que toca à resolução de questões de TI nas empresas, mas colaboram menos na estratégia e supervisão da segurança da rede. Por outro lado, as três principais áreas com maior influência para definir as especificações de transformação digital dos sistemas de controlo das empresas são a de TI, a corporativa e a de produção/fabrico.
Assegurar um ecossistema aberto e escalabilidade para atingir o sucesso
De acordo com o estudo, a automação aberta e as arquiteturas interoperáveis associadas aos sistemas de controlo distribuídos são consideradas “relativamente importantes” quando se implementam novas tecnologias ou se trabalha com novos vendedores.
A melhoria da escalabilidade – fator-chave para uma arquitetura interoperável – surge em terceiro lugar entre as influências mais importantes para a implementação de tecnologias de sistemas de controlo digitais. Para além disso, os ecossistemas abertos foram considerados “muito importantes” para 88% dos inquiridos no momento de escolher os fornecedores de sistemas de controlo, precisa o estudo.
De acordo com Nathalie Marcotte, SVP and President, Process Automation da Schneider Electric, “para as empresas industriais em todo o mundo é fundamental dispor das ferramentas certas para implementar eficazmente uma transformação digital e manter-se eficaz e resiliente. Este estudo realçou a falta de preparação que muitas empresas estão a enfrentar. Para a responsável, “assegurar-se de que os vendedores têm as competências certas e estão a utilizar ecossistemas abertos e escaláveis é fundamental para que os clientes estejam mais preparados e permite a colaboração entre TO e TI.”
“Com o EcoStruxure Foxboro DCS, que oferece flexibilidade e escalabilidade incorporadas, as organizações podem tirar proveito de tecnologia preparada para o futuro, que protege os investimentos ao mesmo tempo que mede e controla cada etapa do processo de forma consistente com os objetivos comerciais gerais das empresas”, declara Michael Martinez, Ecostruxure Foxboro DCS Leader da Schneider Electric, destacando que “só com estas capacidades é que os compradores e utilizadores finais poderão dispor dos alicerces para uma transformação digital eficaz.”