A EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa), assinou, no final de 2019, o “Pacto de Mobilidade Empresarial”, com o compromisso de contribuir para uma Lisboa cada vez mais sustentável, dando assim o pontapé de saída para 2020, ano que se avizinhava de grande trabalho, para a construção de um ecossistema de mobilidade pensado para todas as pessoas, que proporcionasse uma melhor vivência da cidade, tornando-a ambientalmente mais sustentável e segura.
Em comunicado, a empresa recorda que o objetivo por detrás de tal estratégia delineada para 2020 teve como pano de fundo os compromissos assumidos por Portugal no Acordo de Paris, em 2015 (assegurar a redução das emissões de Gases com Efeito Estufa (GEE) em relação a 2005: -18% a -23%, em 2020, e de -30% a -40% em 2030), reforçados pelos objetivos delineados para Lisboa Capital Verde Europeia de reduzir 26% das emissões de CO2, em 2030, e atingir a neutralidade carbónica em 2050, contribuindo, assim, para a melhoria do nosso Índice de Desempenho das Alterações Climáticas (CCPI).
Desta forma, a EMEL refere que é com “satisfação” que verificam que Portugal “melhorou oito lugares” em relação a 2019 no CCPI, sendo o “terceiro país com maior subida em políticas climáticas”, em parte fruto do investimento e trabalho realizado na área dos Transportes e Mobilidade.
A EMEL acredita que o “trabalho resiliente e o investimento responsável” que fez durante este ano que termina (mesmo em contexto de grandes dificuldades originadas pela pandemia da Covid-19) para uma “mobilidade mais sustentável” na cidade de Lisboa, têm, não só gerado “mais confiança” por parte dos seus residentes e das suas residentes, que beneficiam de “melhor qualidade de vida” e “maior segurança”, mas, sobretudo, colaborado para um “melhor ambiente” e uma “maior sustentabilidade urbana”.
Ao longo do ano, a EMEL lembra que acrescentou 14 quilómetros à rede de ciclovias, complementando uma malha urbana que, muitas vezes, não se interligava, para promover uma mobilidade ativa e saudável em Lisboa, a par do investimento na rede de bicicletas partilhas GIRA, com uma aposta clara em bicicletas elétricas, estando previstas mais 700 elétricas, até ao final do primeiro trimestre de 2021 (a somar às 600, elétricas e convencionais, já em operação), e em novas estações, estando prevista a instalação e mais 80 até ao verão (a somar às 84 já existentes).
Desde que começaram a servir a cidade, em 2017, as GIRA já rolaram em mais de 3,6 milhões de viagens e estima-se que tenham proporcionado uma poupança de emissões de GEE para o ambiente superior a 300 ton CO2eq, diz a empresa.
Consciente do serviço público que presta a Lisboa, e, mais uma vez focada em contribuir para a sustentabilidade ambiental da cidade, a EMEL constituiu-se Operadora de Pontos de Carregamento de Veículos Elétricos, em 2019, dispondo atualmente de 26 postos de carregamento (correspondendo a 52 tomadas) em cinco dos seus Parques de Estacionamento, e dois pontos na via pública (rápido e semirrápido).
Também a rede semafórica da cidade tem sido alvo de investimento por parte da empresa, que iniciou a sua modernização há precisamente um ano, um trabalho que se torna visível numa maior fluidez do tráfego urbano e potencia, também, uma redução de emissões de GEE. Recentemente, a EMEL começou o processo de implementação do Sistema Inteligente da Mobilidade de Lisboa (SIM.Lx), que irá permitir gerir o movimento automóvel de uma forma integrada e dinâmica, tornando-o mais eficiente e descongestionado.
Espelho do trabalho que tem estado a desenvolver na cidade, a EMEL tem apostado internamente numa mobilidade responsável. Todos os trabalhadores e trabalhadoras da empresa usufruem do passe da GIRA e, também, do Navegante Municipal, medidas instituídas ainda em 2019, com objetivo de “contribuir para o descongestionamento de tráfego” e para a “qualidade do ar”, lê-se no mesmo comunicado. Atualmente a sua frota, composta por 110 veículos automóveis e 58 motos, é praticamente 50% elétrica, estando a empresa municipal a trabalhar para os 100%.