Em 2030 o mundo energético estará “radicalmente diferente”
O setor da energia está a sofrer profundas mudanças e prevê-se que, em 2030, o mundo energético como o conhecemos estará “radicalmente diferente”, faz alusão o jornal Sol. Assiste-se já hoje ao declínio do petróleo – embora não tão acentuado como se desejaria tendo em conta as metas ambientais – e prevê-se que aconteça o mesmo com o carvão. Ao mesmo tempo começamos a assistir à ascensão do gás e das energias renováveis.
No que diz respeito ao carvão, um dos principais emissores de gases com efeito de estufa, a China tem um papel preponderante. Graças ás reservas deste combustível, os chineses produzem 70% da sua eletricidade em centrais de carvão. O resultado tem sido “catastrófico”, já que a China se debate com um problema grave de poluição. Ainda esta semana, Pequim esteve sob alerta vermelho pela primeira vez. Este é o nível mais grave de aviso, que implica restringir a circulação automóvel e fechar escolas numa cidade onde vivem 23 milhões de habitantes.
Outro fenómeno dos últimos anos e que se deverá acentuar nas próximas décadas é a crescente eletrificação das indústrias mundiais. “Daqui a 30 anos o consumo de energia deverá aumentar cerca de 40% e 60% deste aumento virá da eletricidade”, referiu o Presidente da Comissão Executiva do Grupo Partex Oil and Gas, Costa e Silva.
Produzir eletricidade a partir de energias não poluentes é uma realidade e o sol vai assumir um papel de destaque nas fontes renováveis em 2030. Mas também o mar esconde uma “fábrica imensa de energia”, sublinha Costa e Silva. “Há muita energia disponível e com engenho humano ela vai aparecer”. O consumidor deverá também assumir um papel ativo, tornar-se produtor e aumentar o nível de eficiência.
O próximo grande desafio é “regular o mercado para que os investimentos nas renováveis sejam atrativos, cumprir metas no que diz respeito às emissões e adaptar as redes físicas e as infraestruturas, incluindo os transportes, para que a energia limpa circule sem entraves”.