“Este ano acabam os carregamentos gratuitos de baterias de automóveis elétricos na rede pública, passando a ser cobrados pelas empresas comercializadoras de eletricidade”, referiu recentemente ao Expresso o presidente da plataforma tecnológica Mobi.e, Alexandre Videira. Desde 2010 — altura em que foi instalado em Portugal o primeiro posto público de carregamento de baterias — “até ao final de janeiro de 2017 foram efetuados 220 mil carregamentos na rede pública, dos quais 97 mil ocorreram em 2016”, diz o responsável da Mobi.e.
Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, o preço desta eletricidade não é regulado e será negociado pelos comercializadores com os clientes, dentro dos valores praticados no mercado. Além disso, o preço da eletricidade não terá qualquer imposto de mobilidade associado, ao contrário do que acontece com o preço de venda da gasolina e do gasóleo.
“Enquanto estivermos a promover a aceleração da transição para uma mobilidade cada vez mais elétrica (sustentável), não prevemos aplicar impostos sobre a eletricidade destinada à mobilidade”, referiu, por seu turno, o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, garantindo que um imposto sobre a eletricidade para carros “não é, de todo, algo que esteja na agenda”.