A Ambiente Magazine está a auscultar várias vozes em relação às Eleições Europeias, que se realizam a 9 de junho, para descobrir o que é que a próxima comitiva deve priorizar na matéria ambiental. Aqui fica o comentário de Carlos Fonseca, CTO da Colab Forestwise.
O próximo Parlamento Europeu terá a enorme responsabilidade de conseguir tornar mais efetivas e consequentes as políticas públicas definidas e aprovadas em matéria de ambiente, nomeadamente as mais relacionadas com as florestas, transpondo para cada país e para os seus territórios rurais medidas que se traduzam numa maior atratividade destas regiões e num maior rendimento para os proprietários rurais, reconhecendo o seu papel na gestão e regeneração quotidiana de espaços, regiões e paisagens que, de outra forma, se vão tornando mais vulneráveis aos riscos crescentes e decorrentes das alterações climáticas.
Este tema é especialmente crítico em países como Portugal, em que a complexidade da propriedade rural associada aos elevados riscos dos territórios rurais, nomeadamente os incêndios, requer ações estruturantes e robustas, com efeitos a médio-longo prazo, que privilegiem a gestão adaptativa e contínua dos territórios rurais e que garantam a valorização dos mesmos e das pessoas que neles e deles vivem.