A Ambiente Magazine está a auscultar várias vozes em relação às Eleições Europeias, que se realizam a 9 de junho, para descobrir o que é que a próxima comitiva deve priorizar na matéria ambiental. Aqui fica o comentário de Bianca Mattos, Coordenadora de Políticas da ANP|WWF.
A perda de ecossistemas e de biodiversidade continua a acelerar, pondo em perigo os nossos meios de subsistência e amplificando ainda mais os impactos da emergência climática. Em 2019, as eleições na União Europeia desencadearam o início do Pacto Ecológico Europeu – um passo significativo para enfrentar a dupla crise climática e de biodiversidade. Após as eleições na UE de 2024, os líderes políticos devem continuar a priorizar esta visão e garantir que todos os setores e sistemas se tornem finalmente parte da transição.
As três ações-chave que devem pautar a atuação dos próximos deputados europeus são:
garantir que a UE acabe rapidamente com a sua dependência dos combustíveis fósseis e construa um futuro de energia renovável limpa e acessível para todos, além de adotar e implementar um novo quadro de adaptação climática que dê prioridade a soluções baseadas na natureza.
proporcionar ecossistemas saudáveis na terra e no oceano, que são essenciais para a subsistência das pessoas, retardando e adaptando-se às alterações climáticas e garantindo a nossa alimentação e segurança hídrica. Para isso, é fundamental consertar o nosso sistema alimentar falido – que está a prejudicar a nossa saúde, o ambiente, bem como a de muitos agricultores – e disponibilizar alimentos sustentáveis para todos.
remodelar a economia da UE através da adoção e implementação de medidas para redirecionar as despesas públicas nacionais e da UE prejudiciais à natureza para a transição ecológica, com foco nas famílias vulneráveis e no combate às desigualdades.