Com mais de 70 anos de conhecimento e inovação tecnológica, a Efacec atua como fornecedora de soluções e de sistemas integrados EPC (Engineering, Procurement and Construction) e parceira de serviços O&M (Operations & Maintenance). Comprometida com a concretização da Agenda 2030 das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a empresa portuguesa está presente em mercados estratégicos como a Europa, os Estados Unidos da América, a América Latina, Ásia, Médio Oriente, Magrebe e África Subsariana. Em cada projeto e em cada solução, a Efacec reforça o seu propósito, pelo qual orienta toda a sua atividade: “criar um futuro mais inteligente para uma vida melhor”. Energia, Ambiente e Mobilidade são assim os “pilares estratégicos”, nos quais a empresa assenta a sua atividade
Em entrevista à Ambiente Magazine, Michael Silva, CCO (Chief Comercial Officer) da Efacec, assegura que a empresa oferece um “portfólio abrangente” e “entrega soluções integradas e à medida”, de acordo com as especificidades de cada cliente e mercado: “Antecipamos e moldamos o futuro através dos transformadores, aparelhagem, service, soluções de automação, sistemas de energia, projetos de ambiente e indústria, transportes e soluções de mobilidade elétrica”. Entre os clientes da empresa, encontram-se alguns dos “maiores players mundiais”, nas mais diversas áreas desde telecomunicações, até à área da construção, passando pelo setor da energia e redes de transporte. Alguns dos clientes, nacionais e internacionais: Hendo; EDP; Iberdrola; Enel; REN; Enedis; Águas de Portugal; Galp; Navigator; Mota-Engil; Metro do Porto; Allego; NOS; Alstom; Infraestruturas de Portugal; STCP; Trafikvert; Blackrock; Repsol; Shell; Voltalia; Neoen; BP; Endesa; Siemens; Cimpor.
De acordo com Michael Silva, a mobilidade elétrica assume um “papel central” na estratégia de negócio da Efacec: “Toda a empresa está comprometida em desenvolver soluções que permitam a criação de um mundo mais sustentável”. Por isso, “atuamos em áreas estruturantes para as sociedades, nomeadamente Energia, Mobilidade e Ambiente, com produtos e soluções presentes em mais de 80 países, que contribuem para a eficiência energética, descarbonização da economia, eletrificação, o desenvolvimento da economia azul, para mencionar apenas alguns dos benefícios”, acrescenta. Poucas dúvidas restam sobre o crescimento mundial do setor da mobilidade elétrica, sendo que a Efacec pretende, nesse sentido, continuar a acompanhar o crescimento, mantendo-se uma das “marcas referência” no setor mundial. Para Michael Silva, o “crescimento da infraestrutura de carregamento será central para o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável” e, por isso, “a mobilidade é uma das nossas áreas de aposta por negócio e por missão”, fazendo “jus” ao propósito da marca: “Criar soluções mais inteligentes, para uma vida melhor”, assegura.
[blockquote style=”2″]Portugal tem feito um progresso notável na eletrificação das suas frotas e infraestruturas[/blockquote]
Em 2021, a Efacec deu início ao lançamento de “quatro novas soluções para o setor”, sendo que continuarão com uma “forte aposta” no desenvolvimento de produto e inovação tecnológica: “Estão já previstos novos lançamentos para 2021, que incluem a extensão de gama da plataforma QC, e ainda mais funcionalidades para a gestão de sistemas EVCore”. A inovação vai assim “pautar” os anos 2021 e 2022 com um “pace” regular de lançamento de novas soluções. Já em termos de mercados, Michael Silva afirma que os Estados Unidos da América (EUA) e a Europa mantêm-se os “mercados core”, onde “pretendem continuar a reforçar a presença”, contribuindo para a “efetivação” de uma mobilidade sustentável: “Queremos eletrificar todas as estradas”.
No que diz respeito a desafios, o administrador da Efacec reconhece que Portugal tem feito um “progresso notável” na eletrificação das suas frotas e infraestruturas. No entanto, “é possível ir mais longe”, diz, defendendo que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) será uma “ferramenta muito importante para resolver alguns dos limites e dificuldades que se colocam às empresas e aos consumidores”. A primeira centra-se nos “níveis de investimento” para cumprir com o Roteiro de Neutralidade Carbónica que o Governo adotou: “As empresas necessitam de maiores níveis de incentivo fiscal para a compra de veículos elétricos, assim como de investimento público em redes de carga”. A isto acresce a “interoperabilidade” entre redes de carga: “É algo em que ainda podemos melhorar apesar do papel que a Mobi.E. tem tentado assegurar a este nível”. Por fim, o responsável acredita que é também necessário “atuar ao nível da consciencialização da opinião pública para a importância da mobilidade elétrica”, demonstrando que a “aquisição de uma viatura elétrica, não só é uma opção financeiramente viável”, mas que, é, igualmente, uma “atitude cívica que em muito contribui para a, tão necessária, descarbonização das nossas cidades”.
Ainda assim, no que toca ao “desenvolvimento da mobilidade elétrica”, ao nível europeu, Michael Silva orgulha-se pelos feitos de Portugal, bem como pela “respetiva infraestrutura de carregamento”, tendo conseguido criar condições para o “desenvolvimento de soluções tecnológicas nacionais”, que “permitiram a expansão de marcas portuguesas” a atuarem no setor da mobilidade elétrica, como é o caso da Efacec, nos mercados internacionais. Depois, Portugal figura bastante bem ao nível dos rankings internacionais e muito especialmente a nível europeu: “Podemos atentar em diversos mapas de pontos de carga rápida e ultrarápida instalados no nosso país face à nossa vizinha Espanha em que comparamos muito bem”, refere. Além disso, o desenvolvimento do fenómeno da eletrificação de frotas e redes tem sido feito de forma “muito harmoniosa” entre todo o país e não apenas nos grandes centros urbanos: “Olhando um pouco mais através do prisma da Efacec e focando nas redes de carga, Portugal tem vindo a conhecer uma evolução muito significativa no número de postos de carga pública instalados um pouco por todo o território (incluindo Ilhas)”. De facto, precisa o responsável, começa a ser “fácil circular com um veículo elétrico pelo país”, sendo algo que “apraz” registar. Segundo Michael Silva, o desenvolvimento dos anos recentes também deriva do facto de Portugal ser um país aberto à inovação e às novas ideias: “Se, em 2011, a mobilidade elétrica era percecionada como uma startup no Grupo Efacec, em potencial desenvolvimento, dez anos depois, a mobilidade elétrica é um negócio com uma presença mundial e em expansão, com carregadores made in Portugal, distribuídos à escala global e presentes nos mais importantes projetos de eletrificação, nomeadamente na Europa e nos EUA”, remata.