EDP Renováveis fecha contrato de fornecimento de energia eólica ‘offshore’ na Escócia
A EDP Renováveis acaba de fechar um contrato de fornecimento de energia eólica ‘offshore’ (no mar) durante 15 anos na Escócia para a entrega de 950 Megawatts (MW), anunciou hoje ao mercado a empresa liderada por Manso Neto, avança a agência Lusa.
Em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a subsidiária do grupo EDP informou esta segunda-feira, dia 11 de setembro, que foi atribuído ao consórcio Moray Offshore Windfarm (East) um contrato de 15 anos para a entrega de 950 MW de geração eólica ‘offshore’ e que pressupõe uma tarifa de 57,5 libras (cerca de 63 euros) por MW/hora, tarifa baseada em 2012.
“Após a conclusão da fase de desenvolvimento, e da seleção de todos os parceiros e fornecedores para as diferentes fases de construção e operação, o consórcio poderá dar início à construção do parque eólico, o qual deverá estar concluído em 2022”, refere a empresa controlada pela EDP (82,6%).
De acordo com o presidente executivo da EDPR, João Manso Neto, citado na nota à comunicação social, “com o anúncio de hoje, a EDPR aumenta as suas opções de crescimento na área da energia eólica ‘offshore’ num mercado atraente, melhorando e diversificando assim as soluções de crescimento de lucros a longo prazo da empresa, ao mesmo tempo que mantém um perfil de risco equilibrado”.
A empresa destaca ainda o “empenho continuado” da EDPR no mercado eólico ‘offshore’ do Reino Unido ao longo da reforma do mercado da eletricidade e na transição para os leilões de CfD permitiram uma dramática redução de custos, de 150 libras/MWh em 2014 para 57,5 libras/MWh hoje.
“Este leilão demonstrou a real evolução da redução de custos e o nosso resultado mostra o quão acessível a energia eólica ‘offshore’ pode ser em comparação com outras tecnologias, incluindo nova geração térmica”, refere.
A EDPR sinaliza que o Reino Unido precisa de mais infraestrutura de geração com baixa emissão de carbono para manter a segurança do abastecimento face a um futuro cada vez mais incerta, tendo já sido demonstrado o que pode ser conseguido neste local. “É do interesse do Reino Unido permitir-nos continuar este sucesso em outros locais”, indica.
O consórcio Moray Offshore Windfarm é detido pela EDPR (77%) e a ENGIE (23%).