A EDP lança esta quinta-feira a segunda edição do Fundo A2E (Access to Energy), um programa que apoia projetos de acesso a energia renovável em países em desenvolvimento. Além da “dotação de 500 mil euros, o programa de financiamento irá ainda abranger uma nova geografia – Nigéria – que se junta aos países já incluídos na edição do último ano: Quénia, Malaui, Moçambique e Tanzânia”, refere a empresa de energia em comunicado.
A decisão de lançar a segunda edição deste Fundo representa para a EDP “um reforço do compromisso com a sustentabilidade e com a necessidade de combater a pobreza e a exclusão elétrica que ainda afeta a vida de milhões de pessoas”, especialmente em “comunidades rurais remotas e carenciadas de países em desenvolvimento”.
“Atualmente, mais de 840 milhões de pessoas não têm acesso a eletricidade, o que as coloca numa situação grave de exclusão. Garantir o acesso à energia para as comunidades mais remotas e carenciadas, possibilitando a criação de ecossistemas sustentáveis é, por isso, uma condição necessária para quebrar o ciclo da pobreza e contribuir para o desenvolvimento social e económico dessas regiões”, relembra o presidente executivo da EDP, António Mexia. Esta segunda edição do Fundo A2E, “é um reforço do compromisso assumido em 2018: apoiar projetos de energia renovável e soluções de sustentabilidade para beneficiar mais de 200 mil pessoas em três anos. A transição energética à escala global tem de passar pelo acesso de todos à energia, não deixando ninguém para trás”, acrescenta o responsável.
Nesta nova edição – destinada a entidades com ou sem fins lucrativos – o Fundo continuará a garantir apoios financeiros entre 25 mil e 100 mil euros a cada projeto. As candidaturas podem ser apresentadas até 26 de novembro, seguindo-se uma fase de avaliação e pré-seleção. Os projetos selecionados serão conhecidos no início do ano. Os promotores terão depois de executar os projetos ao longo do ano.
Com este relançamento dá-se continuidade ao programa iniciado em 2018 que recebeu 108 candidaturas e disponibilizou 450 mil euros para apoiar novos projetos em áreas e populações carenciadas. À semelhança do último ano, o Fundo aposta em cinco áreas prioritárias – educação, saúde, agricultura, empresas e comunidade – e destaca critérios de avaliação como o impacto social, parcerias, sustentabilidade, potencial de expansão ou viabilidade financeira.
A estratégia de A2E, além do fundo, passa ainda por um investimento de 12 milhões de euros até 2020 na aquisição de empresas com soluções sustentáveis para acesso à energia. O primeiro passo foi dado em outubro do ano passado com a compra de uma participação na SolarWorks! – empresa com operação em Moçambique que comercializa soluções descentralizadas de energia solar. A escolha dos países abrangidos pelo fundo da EDP está, aliás, relacionada com a estratégia de A2E, que tem dado prioridade a investimentos na África Subsariana.
O regulamento e o formulário de candidatura para a segunda edição do Fundo A2E podem ser consultados online.