A EDP Distribuição concluiu a instalação de um equipamento de armazenamento de energia elétrica fornecido pela Siemens, na rede que serve a Universidade de Évora. Trata-se de uma solução inovadora, a primeira deste tipo, desenvolvida e instalada em Portugal e uma das primeiras na Europa, que suportará o estudo de novas formas de gestão da rede de distribuição de energia elétrica.
Este projeto piloto teve início em 2015 e enquadra-se no trabalho de desenvolvimento das redes inteligentes, onde a EDP Distribuição é reconhecida como pioneira com o projeto Inovgrid e, a Siemens, como empresa tecnológica de referência mundial.
A solução de armazenamento agora instalada, com ligação à rede de média tensão, utiliza baterias estacionárias de iões de lítio, tem uma potência de 472 kW e uma capacidade de armazenamento de 360 kWh. O sistema, que permitirá alimentar o campus da Mitra da Universidade de Évora, servirá como prova de conceito e como montra tecnológica, tendo como principais funções a avaliação do potencial destas novas tecnologias visando, por um lado, promover a eficiência energética nas redes de distribuição (redução de perdas) e consequente aumento da sustentabilidade ambiental; automatizar a gestão das redes, melhorando a qualidade de serviço prestado aos Clientes; e ainda aumentar a flexibilidade na integração de recursos distribuídos de geração, promovendo desta forma a adoção de energias limpas e a redução da dependência energética nacional.
A sua instalação e funcionamento permitirá aos vários stakeholders envolvidos, nomeadamente a EDP Distribuição como operadora da rede de distribuição, a Siemens como fornecedora da solução, ao meio académico como parceiro de estudos e a ERSE como entidade reguladora, adquirir conhecimento sobre as potencialidades do uso de sistemas de armazenamento de energia elétrica, num contexto de aplicação prática no terreno.
O contexto atual das redes elétricas, marcado por desafios exigentes como a liberalização do mercado, a crescente penetração de produção distribuída, o aparecimento do regime de autoconsumo, o advento da mobilidade elétrica, a flexibilidade na procura e o papel cada vez mais ativo dos clientes das redes, reforça a necessidade de adoção de estratégias inovadoras e de tecnologias disruptivas na gestão da rede de distribuição.