A EDP, que ontem apresentou uma quebra de 12% dos lucros registados em 2015, para 913 milhões de euros, apontou uma bateria de críticas ao atual enquadramento fiscal e regulatório que penaliza o setor em Portugal. “A aposta em Portugal foi determinante nos últimos anos, vê-se por aquilo que é o peso do investimento nacional no total do esforço feito pela companhia, independentemente do seu esforço de diversificação, quer do ponto de vista de tecnologia, quer geográfico”, afirmou o presidente do grupo elétrico, António Mexia, citado pelo Diário Económico.
“O resultado deste ano é claramente afetado por um ano hidrológico muito abaixo daquilo que é a média, mas também pela introdução de um conjunto de regras, muitas das quais não estavam lá quando foram tomadas as decisões e que penalizam o investimento em Portugal”, adiantou.
É o caso da contribuição extraordinária sobre o setor energético, na ordem dos 62 milhões de euros, que o novo executivo de António Costa decidiu manter.
Quanto à intenção do Governo de lançar um concurso público para potenciar a concorrência na área das concessões em baixa tensão, António Mexia deixou um outro recado. Sem citar nomes, afirmou que “não se deverá deixar concorrer companhias de países onde nós não podemos concorrer” nesta área de negócio. É o caso das espanholas Endesa, Iberdrola ou Gas Natural Fenosa, em cujo mercado a EDP está presente.
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