A EDP é um dos membros fundadores da Aliança para a Descarbonização dos Transportes (Transport Decarbonization Alliance, ou TDA, na sigla inglesa), uma organização que quer promover a transição do setor dos transportes para modelos de produção e utilização mais sustentáveis, alinhados com os objetivos do Acordo de Paris, de combate às alterações climáticas. O lançamento oficial da TDA está a ser feito hoje, em Leipzig, na Alemanha, à margem do International Transport Forum Summit 2018. Portugal assumiu um papel determinante desde a primeira hora, e o governo português será presidente do primeiro mandato da aliança.
O Grupo EDP tem-se posicionado desde sempre como um agente ativo na promoção da descarbonização, sendo hoje um operador mundial relevante de energia renovável, refere em nota enviada à imprensa. Dada a relevância da eletrificação do transporte para a descarbonização, a mobilidade elétrica é um dos compromissos da estratégia de descarbonização assumida pela EDP.
O grupo comprometeu-se recentemente com objetivos concretos, nomeadamente em eletrificar 100% da sua frota ligeira de viaturas até 2030, com o desenvolvimento de novas ofertas e soluções comerciais que promovam a transição energética, e que incluem as infraestruturas de carregamento (em Portugal, com 11 postos de carregamento rápido de veículos elétricos já instalados em algumas das principais vias do país. Em Espanha, já tem 13 postos instalados e anunciou a abertura de mais 48. E no Brasil, numa parceria com a BMW para construir o primeiro corredor elétrico entre São Paulo e o Rio de Janeiro), e ainda com a mobilização da sociedade para a eletrificação dos transportes.
A participação na TDA insere-se neste último eixo estratégico, de procura de soluções coletivas e de âmbito global para acelerar a transição do sector. Em Portugal, a EDP apoia a Lisbon Mobi Summit, uma iniciativa de sensibilização dos vários agentes ligados ao tema.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, os transportes são responsáveis por 24% das emissões geradas pela combustão de combustíveis fósseis. Mantendo os atuais modelos de desenvolvimento dos transportes, estima-se que as emissões do setor subam das cerca de 7 mil milhões de toneladas (Gt) de CO2 para até 18 Gt em 2050. Uma trajetória que terá de ser invertida para viabilizar o objetivo de manter o aquecimento da Terra abaixo dos 2 graus, o cenário base do Acordo de Paris.
Conscientes do desafio, os governos de Portugal, Costa Rica, França e Holanda, a cidade de Paris, e as multinacionais Alstom e Michelin e a hidroelétrica brasileira Itaipu Binacional, decidiram avançar com a criação da TDA . A intenção foi anunciada na conferência do clima, COP 23, em Bona, em novembro de 2017.