#EconomiaCircular: “Mudança Verde” convida à adoção de hábitos mais verdes e mais justos
A Economia Circular está, hoje, subjacente em muitas empresas. Produtos sustentáveis, amigos do ambiente e com um ciclo de vida longo são, cada vez mais, uma opção. Há também quem ponha em prática estes conceitos e desenvolva os seus próprios produtos. Com o objetivo de dar “voz” a projetos de cariz sustentável, a Ambiente Magazine irá, todas as semanas, apresentar algumas iniciativas aos nossos leitores e dar a conhecer o que se faz em Portugal nesta área. Esta semana, partilhamos a plataforma “Mudança Verde”.
Surgiu há poucos dias e tem como objetivo incentivar os portugueses a mudarem para hábitos mais responsáveis que não comprometam um futuro mais justo, sustentável e verde para todos. A “Mudança Verde” foi anunciada no âmbito do terceiro aniversário da ANP (Associação Natureza Portugal), organização não governamental, que representa em Portugal a WWF (World Wide Fund For Nature). Ângela Morgado, diretora executiva da ANP, explica que a plataforma tem ainda o desígnio de estimular os portugueses a apoiarem a “lista de desejos” da ANP|WWF para a Presidência do Conselho da União Europeia, assinando uma petição.
Num mundo com “excesso de informação” torna-se, por vezes, difícil saber por onde começar. Mas, o conceito deste projeto é simples: “A Mudança Verde fornece respostas e orientações e ajuda as pessoas a perceberem o impacto que têm no planeta, convidando-as a adotarem hábitos mais verdes e mais justos para todos”. De acordo com a responsável, na plataforma é possível “encontrar várias dicas” para facilmente tornar o dia-a-dia mais verde, além de que, convida as pessoas a descobrirem como “pequenas mudanças de hábitos” podem ter um “grande e positivo impacto no planeta”. Desde uma “ida às compras” até a “uma viagem de férias”, o visitante escolhe o “impacto que quer ter e como pode contribuir para travar a perda dramática de natureza”, refere.
A “Mudança Verde” tem quatro áreas (em casa, nas compras, nas viagens, no dia a dia) que, por sua vez, se dividem em outras subáreas, como por exemplo, “em casa, como posso mudar na cozinha, na casa de banho ou no jardim”. Além disso, a plataforma indica um “hábito mais amigo do ambiente” quando a pessoa seleciona a opção “Mudar”, sendo-lhe então apresentada a “opção mais sustentável”, afirma.
[blockquote style=”2″]A mudança verde deve ser feita já sem hesitações[/blockquote]
O desejo da ANP|WWF é simples: “Queremos que (a Mudança Verde) seja visitada e utilizada pelo maior número de pessoas possível, quanto mais pessoas usarem a plataforma mais se apercebem de como é fácil mudar comportamentos e como às vezes estamos a fazer coisas que têm, de facto uma alternativa mais sustentável e ao mesmo tempo simples”. Assim, quanto mais pessoas optarem pela “Mudança Verde” tanto mais “poderemos pressionar” os governantes a assumirem essa transição verde em Portugal, precisa.
Ângela Morgado não deixa de chamar a atenção para a importância de se agir agora: “É agora que a situação se pode ainda reverter”. E a consciência que “ainda falta no nosso país” e que, por vezes se pensa que “há tempo para mudar”, na verdade, a “mudança verde deve ser feita já sem hesitações”, atenta.
Ainda assim a diretora executiva da ANP reconhece que há uma maior preocupação por parte da sociedade nestas matérias, sendo por isso mesmo que a plataforma “Mudança Verde” faz ainda mais sentido: “Existem pessoas e principalmente os jovens preocupadas com a Natureza e que querem um Planeta e um futuro diferente deste em que se está a destruir todo o sistema natural que é a base da vida e da nossa saúde, tal como a pandemia demonstrou”.
E o futuro?
Queremos um futuro em que possamos viver em harmonia com a Natureza e em que possamos ter a nossa natureza de volta. O que queremos é travar a perda de biodiversidade (que nos últimos 50 anos atingiu 68% de decréscimo) e reconciliar as pessoas com a Natureza