Há cerca de quatro meses que decorre o projeto ECH2O-Água, da Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos (APRH), com vista à adoção de práticas de consumo responsável e uso mais eficiente da água, e a Ambiente Magazine procurou saber como decorre a iniciativa. O balanço é muito positivo, com os participantes cientes do problema de escassez de água e a quererem contribuir para um mundo melhor.
Ana Estevão, gestora do ECH2O-Água, dá conta de que foram já constituídas oito Comunidades Experimentais, entre crianças, jovens, adultos e idosos. Ao todo, tratam-se de 1.200 alunos, 500 adultos em ambiente profissionais e 150 idosos envolvidos direta e indiretamente no projeto. Estas comunidades encontram-se, agora, a iniciar um “mês de teste” no qual vão testar dispositivos de redução de caudal, instalados em torneiras, autoclismos e chuveiros, realizando uma análise da evolução mensal e uma estimativa aproximada dos valores de água consumidos de forma a calcular a sua Pegada Hídrica.
A responsável afirma que encontra “as comunidades muito recetivas e informadas sobre os problemas de escassez de água e muito predispostas para se envolver e dinamizar ou promover métodos de poupança”. Assim, o feedback tem sido “muito interessante” com “muitas perguntas tanto de idosos como de crianças e jovens”. Apesar da experiência dos mais velhos, o interesse demonstrado é elevado nas diversas faixas etárias.
Em suma, as expetativas do projeto têm sido “superadas em todos os planos”, nomeadamente, no que respeita ao interesse, motivação e adesão “à ideia de proteger os meios e recursos hídricos e de promover formas mais sustentáveis de consumo e uso da água”.
Quanto a novidades, a responsável frisa que “o efeito multiplicador foi muito superior ao esperado” e que exemplo disso é a mobilização das Juntas de Freguesia que serão alvo de uma ação de treino para a “capacitação e extensão do conceito e da metodologia do projeto a muito mais escolas”. Outras autarquias, fora de Lisboa, também revelam interesse em futuramente participar.