E-REDES: Um equilíbrio entre a atuação e a preservação do meio ambiente
“Uma parceria invulgar” que junta empresas e ONGA em prol da preservação da avifauna. É assim que José Ferrari Careto, Presidente do Conselho de Administração da E-REDES, define aqueles que têm sido os 20 anos dos Protocolos Avifauna, um projeto que junta a empresa e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), a Quercus, a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) e a Liga para a Proteção da Natureza (LPN): “Não é vulgar reunir estas organizações, mas ainda mais invulgar é uma parceria que dura tanto tempo”.
Foi esta segunda-feira, 10 de outubro, que se comemorou os 20 anos de Proteção da Avifauna. Desde 2002, até à data já foram celebrados nove protocolos: “Neste IX Protocolo Avifauna decidimos assinalar os 20 anos deste percurso e celebrar o que tem corrido bem”, disse José Ferrari Careto, destacando o empenho de uma empresa como a E-REDES, com 250 mil quilómetros de rede: “Procurou-se salvaguardar que uma empresa tão grande e com uma presença tão extensa no território continental tivesse uma atuação contrária àquilo que é biodiversidade”, acrescentou ainda o gestor.
Em relação a balanços, o Presidente da E-REDES não tem dúvidas do impacto positivo deste Programa e, acima de tudo, do equilíbrio que tem sido alcançado: “Por um lado, temos que avançar rápido e, por outro lado, temos que balancear tudo com o impacto no meio ambiente”.
Ainda em matéria de sustentabilidade, a atuação da E-REDES não se esgota na biodiversidade, assumindo uma grande responsabilidade naquilo que é transição energética do país: “Cerca de 70% daquilo que é a geração distribuída é ligada à rede através das redes da E-REDES e, por isso, é um contributo muito grande que damos ao país na possibilidade de termos parques eólicos, parques solares, comunidade de energias, auto-consumidores ou os pontos de carregamento elétrico”. E, além disso, há um conjunto de iniciativas que a E-REDES tem em curso, como por exemplo, a “frota cada vez mais verde”, a “sensibilização de abordagens mais sustentáveis dirigidas a todos parceiros”: “Temos muito trabalho feito e temos uma responsabilidade que vem destes 20 anos. Queremos assegurar que é trazida para a frente e com mais iniciativas”, frisa.
Este compromisso de proteção com a Avifauna surge desde 2002 e materializa-se através de um modelo de parcerias que junta universidades, centros de investigação, Organizações Não Governamentais de Ambiente ou entidades governamentais, no desenvolvimento e implementação de medidas ativas com vista à minimização do impacte das linhas elétricas na avifauna.
Entre as principais ações desenvolvidas no âmbito dos Protocolos Avifauna, destacam-se os Estudos de prospeção e de monitorização de linhas elétricas aéreas; a Produção de Cartas de Risco de colisão e eletrocussão, por espécies alvo com estatuto de conservação elevado; a Aplicação de tecnologias mais eficientes para minimizar o impacte de linhas elétricas aéreas na avifauna; e Hierarquização de linhas elétricas aéreas potencialmente perigosas, com vista à correção voluntária.
*Ao longos dos próximos dias a Ambiente Magazine vai partilhando notícias sobre o evento que marcou os 20 anos do Programa Avifauna