Numa altura em que se aproximam os dias mais quentes, o risco de incêndio é cada vez maior. No “Dia Europeu dos Parques Naturais”, que se assinala esta segunda-feira, dia 24 de maio, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, foi o convidado do programa da TVI “Esta Manhã”, deixando um alerta sobre a importância da prevenção.
Desde o primeiro grande incêndio que consumiu 10% do Parque da Peneda-Gerês, em 2016, o Governo tem investido fortemente nos parques naturais e nas áreas protegidas, tendo desenhado um novo modelo de gestão envolvendo as autarquias: “Mudamos muito na gestão dos parques”, afirma. Apesar da “prevenção contra os incêndios ser uma das ações mais importantes”, Matos Fernandes explica que a prevenção de incêndios num parque natural e numa área protegida não se faz abrindo faixas de interrupção de combustível: “É preciso fazer o restauro dos ecossistemas e intervir no território por forma a que esses territórios voltem a ter as mesmas condições”.
Ao nível das preocupações, o chefe da pasta do Ambiente diz que a mesma deve estender-se ao país: “Este ano, tem chovido e as condições de risco, neste momento, são inferiores àquilo que costumam ser nesta altura do ano”. Ainda assim, alerta o ministro, é fundamental a colaboração de todos: “Quero acreditar que as pessoas estão cada vez mais conscientes daquilo que as atitudes podem provocar no aumento do risco”. O ministro do Ambiente chamou ainda a atenção para a atividade agrícola: “Tem que ser feita de acordo com as regras que existem”. Do lado público, Matos Fernandes assegura que todos os sistemas de vigilância estão montados: “Nestes últimos quatro anos duplicamos o número de vigilantes da natureza e contratamos mais 100 pessoas para trabalhar na prevenção estrutural dos parques”. A isto, acresce o facto de os “poderes políticos estarem muito melhores do que estava há quatro anos atrás”.
Ao nível do investimento, o ministro refere que nos próximos cinco anos Portugal vai contar, através do Plano de Recuperação e Resiliência, com 650 milhões de euros para a prevenção estrutural das florestas.