Portugal perdeu, em 15 anos, 150 mil hectares de floresta e o Governo colocou em marcha um plano para travar o abandono, noticia hoje o Correio da Manhã.
“A floresta constitui um dos mais importantes ativos nacionais e que não a temos sabido acarinhar e aproveitar devidamente” alertou o ministro da Agricultura, Capoula Santos, sublinhando o facto de Portugal ser “o único país da União Europeia a perder área florestal, numa extensão de 150 mil hectares ao longo dos últimos 15 anos”.
Para o titular da pasta da Agricultura, as razões desta situação são desconhecidas e as soluções também. “O Governo enunciou-as no seu Programa e chegou agora o momento de as colocar em execução. Tal como foi oportunamente anunciado, o primeiro-ministro decidiu constituir um grupo interministerial, integrando oito áreas de governação, ao qual foi atribuída a missão de aprovar um conjunto de propostas para preparar a floresta do futuro”, explica.
“O resultado do trabalho foi aprovado no Conselho de ministros dedicado à floresta e que teve lugar no final de outubro. Nele foram aprovados doze diplomas, dez dos quais se apresentam agora a discussão pública, até ao final de janeiro, visando incorporar críticas e sugestões da sociedade civil, do meio académico, das autarquias e do setor florestal”, acrescenta.
Capoula Santos diz ainda que “a estratégia que lhe está subjacente tem como objetivo, no essencial, criar mais condições para a gestão profissional da floresta, garantindo a sua sustentabilidade e certificação”, diz. Para tal, explica que “são criados incentivos fiscais para as entidades gestoras de espaços florestais, públicos e privados, e mecanismos de identificação da propriedade rústica, além de um vasto conjunto de medidas que visam previnir e minimizar o risxo de incêndio”.
Segundo o ministro, “espera-se com este contributo e com uma boa utilização de cerca de 500 milhões de euros de apoios disponíveis até 2020 nos instrumentos de política do ministério, começar a trilhar o caminho de recuperação da floresta portuguesa e pôr fim ao ciclo de abandono e declínio de que há décadas é vítima.