Drones vão ajudar Força Aérea a vigiar incêndios
A prevenção de fogos rurais irá contar em junho com o reforço de 12 drones, cuja autonomia em voo poderá chegar até às oito horas e deslocar-se cerca de 100 quilómetros. Os equipamentos serão operados pela Força Aérea, que já tem autorização para a sua compra há um ano. O anúncio foi feito ontem pelo Governo, que admitiu poderem existir “limitações” de algumas entidades no combate aos incêndios este ano devido à covid-19, indica o Jornal de Notícias.
Segundo João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente, os veículos aéreos não tripulados estarão operacionais dentro de um mês, quando o dispositivo de combate a fogos entrar no nível três do risco de incêndios – o mais elevado é o quatro, que só está em vigor a partir de 1 de julho.
“Vamos ter um reforço com seis equipas, de dois drones (cada uma). São 12 drones que vão ser agora adquiridos, que têm uma capacidade de voo que não é conhecida, em comparação com aquilo que são os drones que existem”, anunciou o ministro após a reunião do Conselho de Coordenação da Agência para a Gestão Integrada dos Fogos Rurais (AGIF), presidida pelo primeiro-ministro.
O Jornal de Notícias apurou que os veículos serão adquiridos e operados pela Força Aérea, a quem o Governo autorizou despesa com estes meios, já em janeiro de 2019.
Por seu lado, Tiago Oliveira, presidente da AGIF, garantiu que não há, “na sequência da covid-19, uma redução dos meios humanos para o combate a incêndios”. “Mas não podemos afirmar de forma categórica que essa redução não vira a acontecer”, disse.