Doze ninhos de vespa asiática detetados no concelho da Marinha Grande
A Câmara Municipal da Marinha Grande identificou no concelho 12 ninhos de vespa asiática, espécie predadora da abelha europeia, e aconselhou a população a não os remover, noticiou a Lusa.
Até ao momento foram detetados e reportados ao Município da Marinha Grande um total de 12 ninhos de vespa velutina ou asiática, nove dos quais na freguesia da Marinha Grande e três na freguesia de Vieira de Leiria, localizados maioritariamente em árvores de grande porte (20 a 25 metros), informou a autarquia liderada por Cidália Ferreira (PS).
A Câmara Municipal aconselha os cidadãos a não removerem ou destruírem os ninhos de vespa velutina ou asiática (vespa velutina nigrithorax), espécie predadora da abelha europeia.
Caso identifiquem algum exemplar, os cidadãos devem comunicar diretamente com a autarquia, com as juntas de freguesia, utilizar a plataforma eletrónica SOS Vespa ou contactar a linha SOS Ambiente (808 200 520).
Segundo a autarquia, após a comunicação dos casos, é efetuada uma deslocação ao local pelos técnicos do Serviço Municipal de Proteção Civil/Gabinete Técnico Florestal.
Caso se confirme tratar-se de um ninho de vespa velutina ou asiática, a situação é comunicada à empresa contratada pela Câmara Municipal para o efeito e agendada a destruição do ninho.
A Câmara informa que o controlo desta espécie é efetuado através da remoção e eliminação dos ninhos com a aplicação de um inseticida, por pulverização diretamente nos ninhos.
“A vespa velutina é uma espécie não-indígena, predadora da abelha europeia (Apis mellifera), proveniente de regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia, do leste da China, da Indochina e do arquipélago da Indonésia”, esclarece a Câmara.
Esta espécie “distingue-se da espécie europeia vespa crabro pela coloração do abdómen (mais escuro na vespa asiática) e das patas (cor amarela na vespa asiática)”.
Esta espécie não indígena, acrescenta a nota de imprensa, prejudica a apicultura – por se tratar de uma espécie carnívora e predadora das abelhas – e pode ter implicações para a saúde pública – não sendo mais agressivas que a espécie europeia, no caso de sentirem os ninhos ameaçados reagem de modo bastante agressivo, incluindo perseguições até algumas centenas de metros.