A seca prolongada que persiste na maior parte da região alentejana associada aos baixos índices de pluviosidade ao longo dos últimos dois anos conduziram no início do segundo semestre de 2016 à escassez ou à ausência de água em pequenas barragens e charcas, sobretudo no Baixo Alentejo, noticia hoje o jornal Público.
Das 27 barragens públicas localizadas na região, apenas duas apresentam a sua capacidade de armazenamento acima dos 80%: Enxoé (Serpa) com 87,7% e Apartadura (Marvão) com 90%. Já oito têm um volume de água entre os 50% e os 80% e em 17 a reserva é inferior a 50%.
Os dados relativos ao mês de Agosto publicados pelo Serviço Nacional de Informação de Recursos Hídricos (SNIRH) referem que a bacia do Sado, onde se concentram 10 barragens de pequena e média dimensão que suportam a atividade agrícola e o abastecimento público de água, é a que regista os índices mais baixos de armazenamento de todo o país. Alvito (45.8%), Campilhas (36.8%), Fonte Serne (36.2%), Monte da Rocha (17.8%), Odivelas (33.1%), Pego do Altar (23.9%), Roxo (21.9%) e Vale do Gaio (39.6%). Níveis superiores a 50% só se observam nas barragens de Monte Gato (69.6%) e Miguéis (52.7%) mas a sua capacidade de armazenamento é muito baixa (596 e 539 metros cúbicos respetivamente).
De acordo com o diário, o nível de armazenamento da barragem do Monte da Rocha (17,8%) é o que suscita, neste momento, mais apreensões. Se a situação atual persistir pode vir a colocar problemas ao abastecimento público.