A Docapesca iniciou a dragagem de manutenção de fundos do rio Gilão, em Tavira, no troço compreendido entre o edifício da lota e a ponte rodoviária a nascente. A empresa pretende assim garantir as cotas de fundo necessárias à salvaguarda das condições de segurança para a navegação, abastecimento e estacionamento nessa área.
“O investimento ascende a 281.650 euros, a intervenção tem um prazo de execução de 45 dias e os materiais a dragar terão um volume máximo estimado de 43.500 m³”, refere a nota enviada.
Os trabalhos visam recuperar as cotas mínimas de serviço imprescindíveis à operacionalidade de estacionamento e descarga do pescado em lota, sendo também essenciais para o Projeto de Reordenamento das Embarcações no Rio Gilão, que inclui a implantação de estruturas (plataformas) de acostagem ao longo da margem direita do rio, entre o Mercado da Ribeira e a Ponte dos Descobrimentos.
Estas estruturas incluem cinco cais, designadamente, para o desembarque do pescado, para operação das empresas marítimo-turísticas, para o embarque para a ilha de Tavira, para embarcações de pesca profissional e para abastecimento de combustível. Trata-se de um projeto enquadrado nas ações de requalificação do espaço urbano que o Município de Tavira tem promovido, em particular na frente ribeirinha do Gilão.
O rio Gilão é um dos principais cursos de água que drenam para a Ria Formosa. Trata-se de uma zona ainda sujeita à influência da maré. As áreas marginais do rio encontram-se sujeitas ao risco de inundação, existindo registos de galgamento em situações de cheia.
Este foi um dos investimentos anunciados pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, em 21 agosto de 2017, no âmbito de uma visita oficial ao município de Tavira. O concurso público foi lançado pela Docapesca em abril último.