A iniciativa “Devolver à Terra”, que tem como objetivo incentivar boas-práticas ecológicas entre os mais novos, nomeadamente na aprendizagem da valorização de resíduos orgânicos (restos de comida das cantinas) e na sua transformação em composto de grande qualidade, recebeu mais de 200 candidaturas de escolas de todo o país, tendo sido selecionadas 96 que cumpriam os requisitos do projeto, distribuídas sobretudo nas regiões norte e centro do país com 38 e 31 escolas, respetivamente, quatro escolas no Algarve, três no Alentejo e 20 na Área Metropolitana de Lisboa. O projeto, que tem uma duração prevista de três anos, irá premiar cada uma das três escolas com melhor desempenho com um prémio no valor de 2.500€.
No início do ano letivo, a Silvex e a Zero lançaram às escolas o desafio de se candidatarem ao projeto “Devolver à Terra”, um projeto com o qual se pretende promover, junto da comunidade escolar, práticas de recolha, separação e compostagem de resíduos orgânicos. Foram mais de 200 as escolas que responderam ao desafio, tendo sido selecionadas 96. A resposta das escolas foi surpreendente, na medida em que manifestaram grande vontade em participar no projeto. Estas 96 escolas serão apoiadas com equipamento e apoio técnico da Zero e da Silvex, através de ações presenciais de esclarecimento/sensibilização, disponibilização de materiais pedagógicos e de informação online.
A aplicação de critérios predefinidos permitiu selecionar um conjunto de 96 escolas, distribuídas sobretudo nas regiões norte e centro do país com 38 e 31 escolas, respetivamente, quatro escolas no Algarve, três no Alentejo e 20 na Área Metropolitana de Lisboa.
A Silvex e a Zero esperam, com este projeto, realçar o potencial que as escolas possuem, enquanto geradoras de resíduos, na redução do desperdício, da quantidade de resíduos encaminhados para aterro e, consequentemente, da geração de gases com efeito de estufa, através de ações de separação e reciclagem de resíduos orgânicos. Com este projeto, os alunos poderão verificar como resíduos, sem valor aparente, podem ser muito úteis para fertilizar os jardins e hortas escolares.
Ambicionamos que este projeto seja inspirador e contagie muitas outras instituições públicas e privadas a seguir estas boas práticas ambientais, que vão de encontro ao espírito da Diretiva (EU) 2018/851 de 30 de Maio de 2018, que no artigo 22.º, determina: “Os Estados-Membros asseguram que, até 31 de dezembro de 2023 (…) os bio resíduos são separados e reciclados na origem, ou são recolhidos seletivamente e não são misturados com outros tipos de resíduos”, revela Carlos Rodrigues, da Silvex.
A compostagem doméstica ou comunitária, incentivada pela Diretiva EU 2018/851, tem óbvios benefícios na redução dos custos energéticos e ambientais, desviando toneladas de resíduos dos nossos aterros ou centrais de compostagem, poupando toneladas de emissões de CO2 dos camiões de lixo que deixarão de recolher este “desperdício”.