O número de incêndios florestais aumentou significativamente na última quinzena de julho, quando se registaram um total de 2178 ocorrências, fazendo subir para 5058 o total de fogos ocorridos este ano.
Os números foram avançados nesta terça-feira em conferência de imprensa pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), segundo a qual os 3331 incêndios do último mês superaram em 11% a média dos últimos dez anos. Desde 2011 que não se registavam tantos incêndios em julho, um mês que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera já classificou como o segundo julho mais quente desde 1931.
No entanto, e noticia hoje o Público, a área ardida mantém-se significativamente inferior, correspondendo a metade da média dos últimos dez anos. Durante o mês de Julho arderam 5943 hectares de floresta em Portugal, cerca de 80% do total deste ano. E só nos últimos 15 dias desse mês arderam 5358 hectares, o que mais do que triplicou os números totais da área ardida até essa altura no país.
Ao todo já arderam este ano 7532 hectares, 4704 em zona de mato e os restantes 2828 hectares em zonas de povoamento. Segundo a ANPC, o Porto foi o distrito com maior número de ocorrências no último mês, sendo Castelo Branco, com cerca de 1200 hectares ardidos, o distrito com mais área ardida. Destes, 921 hectares arderam num único grande incêndio, o pior do ano até agora em Portugal, ocorrido a 26 de julho em Monforte da Beira.