Uma fonte de poluição do rio Uíma está a destruir a fauna e flora do curso de água e a criar problemas no funcionamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Fiães, em Santa Maria da Feira.
Depois de uma autêntica caça ao foco poluente durante meses, a concessionária das redes de água e saneamento, Indaqua, diz que já tem uma empresa suspeita identificada.
Com descargas frequentes, mais sentidas quando chove, a água fica com uma tonalidade opaca, esbranquiçada, surgindo peixes mortos e espécies vegetais com efeitos de poluição.
O passadiço de Fiães, frequentado diariamente por centenas de pessoas, é um dos locais onde a poluição mais se faz notar. A capacidade diária da ETAR tratar os efluentes também está a ser prejudicada.
“Há descargas industriais na rede de saneamento com elevada carga poluente”, explicou ao JN o diretor-geral da Indaqua Feira, Ricardo Grazina. O responsável frisou ainda que estas descargas estão a “alterar todo o processo de tratamento da estação”.
Ricardo Grazina diz também que o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR (SEPNA) foi chamado a intervir e há já resultados. “Estamos prestes a identificar com precisão o ponto de poluição. Falta apenas reunir provas para atuar”, afirma o responsável, sem querer adiantar o nome da empresa sobre quem recaem suspeitas.
O Presidente da Câmara da Feira, Emídio Sousa, é peremptório: “Ninguém tem o direito de destruir o ambiente e seja qual for a empresa, tem de ser duramente punida”.