Desastre ecológico no Peru leva Climáximo a convocar manifestação contra a Repsol
O Climáximo anuncia manifestação no próximo dia 4 de fevereiro, às 18h00, na sede da Repsol na Avenida José Malhoa perto de Sete Rios, em solidariedade com ativistas e população afetada pelo desastre ecológico causado pela empresa no Peru.
Numa nota divulgada à imprensa, os ativistas recordam o desastre ecológico que ocorreu em Peru, considerado o pior dos últimos tempos, resultado de derrames de petróleo. O primeiro derrame, dia 15 de janeiro, contou com pelo menos 6 mil barris derramados nas costas do país. A contaminação alcançou 180 hectares na costa e 713 no mar na zona da capital, Lima. Estima-se que três mil pessoas estivessem impedidas de trabalhar devido ao acidente. No dia 25 de janeiro, ocorreu um segundo derrame de petróleo na mesma área.
Segundo o Climáximo, o “Movimiento Ciudadano frente al Cambio Climatico” (MOCICC), coletivo peruano pela justiça climática, exige “que a empresa assuma a sua responsabilidade direta por este desastre ambiental, implemente todas as ações necessárias e adequadas para controlar o derramamento, repare os danos ambientais e indemnize os pescadores e as famílias afetadas de forma justa e imediata”.
De acordo com a mesma nota, a Repsol não se compromete com o sucedido e lança as culpas do derrame à ondulação gerada pela erupção vulcão de Tonga. “Desde o dia do derrame até hoje, as medidas tomadas tanto pela empresa como pelo Ministério do Meio Ambiente do Perú são insuficientes, tardias e ineficientes, enquanto o impacto ecológico aumenta com o passar dos dias, com o risco de afetar uma maior extensão dos ecossistemas marinho, costeiro e a vida, economia e saúde da população local”, alerta o grupo ativista Climáximo.