Corrida à nova ronda de leilões solares pode arrefecer
No próximo dia 8 de junho o Governo vai arrancar com a segunda ronda dos leilões solares e as expectativas são altas tendo em conta os resultados alcançados na estreia, em julho de 2019. De acordo com o Negócios, o executivo tem recebido manifestações de interesse, mas as empresas contactadas preferem não se comprometer com qualquer decisão sem conhecer os moldes do novo concurso, nomeadamente as zonas onde serão distribuídos os lotes. Enquanto, no ano passado, admitiam vir a participar ainda antes de as regras serem conhecidas, hoje o discurso é outro. Até porque, como relembra a associação que representa as renováveis, “a atual liquidez disponível no mercado financeiro é certamente inferior à existente pré-pandemia”. EDP, Finerge, Lusiaves e Iberdrola, contactadas pelo Negócios, têm a mesma posição. A Galp, que não participou na mesma ronda, referiu apenas que “avaliará em tempo oportuno a sua participação”.
O novo concurso, que estava previsto para março mas que teve de ser adiado devido à pandemia, vai contar com duas novidades: vai permitir licitar capacidade de armazenamento e a capacidade disponível (700 MW) será concentrada no Alentejo e no Algarve.