Decorreu no dia 27 de julho, em Aveiro, a tomada de posse dos órgãos sociais da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) para o triénio 2019-2022.
A Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) é uma instituição de âmbito nacional, sem fins lucrativos, equiparada a ONGA – Organização Não Governamental de Ambiente, com estatuto de Utilidade Pública; tendo sido, recentemente aprovada, no Conselho de Ministros da CPLP, a sua participação como Observador Consultivo da CPLP; tem participado em grupos de trabalho no Ministério do Ambiente e Ministério da Educação. Tem a sua sede nacional em Lisboa e Núcleos Regionais em Aveiro, Bragança, Lisboa, Faial/Açores e Viseu.
A associação foi fundada em 1990, no mesmo ano em que é criado, pela primeira vez, o Ministério do Ambiente e dos Recursos Naturais, reflexo da importância que o ambiente passa a ter a nível político-governamental e a nível da sociedade civil. Este acabaria por ser, também, o resultado da realização do Ano Europeu do Ambiente, em 1987, tendo-se verificado um aumento do interesse por parte da sociedade civil em geral e da comunidade educativa em especial, em relação às questões ambientais. Atualmente a ASPEA está comprometida com a implementação das orientações da Estratégia Nacional de Educação Ambiental e do Referencial de Educação Ambiental para o Ensino Básico e Secundário.
A ASPEA tem como objetivo geral contribuir para o desenvolvimento da Educação Ambiental nas políticas e projetos educativos, assim como contribuir para a definição e implementação de Estratégias Locais de Educação Ambiental. Com vista à prossecução dos objetivos pretende, esta associação, contribuir para a produção e divulgação de conhecimento no domínio da Educação Ambiental; fomentar a investigação e a troca constante de ideias, experiências e projetos nesta área.
Para levar a cabo a sua missão, como forma de reforçar o papel da cooperação para o desenvolvimento de sociedades ambientalmente responsáveis e socialmente justas, várias ações estratégicas/ações são implementadas pelos membros da sua direção com apoio dos restantes elementos dos órgãos sociais, associados e voluntários, nomeadamente:
- Encontros nacionais e regionais destinados a professores, investigadores, técnicos, jovens;
- Seminários e cursos de formação de professores e de monitores;
- Rede Projeto Rios, fomentando a cooperação nacional e internacional;
- Projetos Europeus ERASMUS+; LIFE; EEAGrants;
- Projetos de Cooperação com Países da CPLP;
- Desenvolvimento de recursos pedagógicos;
- Organização de saídas de campo e programas fora de portas para famílias;
- Cooperação com as autarquias e outras organizações nacionais e internacionais;
- Participação em conferências nacionais e internacionais;
- Assessoria e avaliação de projetos na área da Educação Ambiental
Joaquim Ramos Pinto, presidente da Direção Nacional, refere que o Plano de Ação para o triénio 2019-2020 pretende dar continuidade às atividades desenvolvidas no percurso de 30 anos da associação e espera reforçar o seu papel social e político, na valorização e reconhecimento da Educação Ambiental nas políticas públicas e nos desafios que enfrentamos numa transição ecológica, com responsabilidade individual e compromisso coletivo para uma sociedade ambientalmente responsável e socialmente mais justa. Com base no Plano de Ação apresentado foram definidos 5 eixos prioritários de intervenção para o triénio 2019-2022:
1 – Reforçar a comunicação com os associados e com a sociedade, em geral, de forma a dar visibilidade e relevância socioambiental ao trabalho da ASPEA;
2 – Fortalecer a cooperação com os países lusófonos através de redes e projetos que contribuam para a capacitação de educadores ambientais e o fortalecimento de políticas públicas de Educação Ambiental;
3 – Criar um Observatório de Educação Ambiental que permita conhecer, dar visibilidade e avaliar o trabalho desenvolvido no campo da Educação Ambiental; apoiar na definição de estratégias locais de Educação Ambiental; criar sinergias entre as diferentes organizações que atuam no campo da Educação Ambiental; identificar necessidades de formação, de elaboração e implementação de projetos de Educação Ambiental, em especial, por docentes e estudantes nas escolas e comunidade;
4 – Consolidar os projetos nacionais da ASPEA que promovem o voluntariado ambiental, a cidadania ativa e as parcerias estratégicas.
5 – Dar continuidade aos projetos europeus ERASMUS+; LIFE; EEAGrants, Fundo Ambiental; Fundo CPLP, entre outros, que possibilitem a capacitação e o intercâmbio de experiências em Educação Ambiental, para a mobilização de estudantes e professores/as e a produção de conhecimentos nas áreas que compõem o objeto social da associação.