Antecipar a neutralidade carbónica para 2045 é uma meta que Portugal tem condições para cumprir, segundo o primeiro-ministro, António Costa, que marca presença na Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP27) que está a decorrer em Sharm el-Sheikh, no Egito.
A presença de António Costa na COP27 vai decorrer até esta terça-feira, 8 de novembro, estando previstos encontros bilaterais e a presença do líder do executivo português em mesas redondas para debater a “Transição Justa Ambiental” ou “Investindo no Futuro da Energia: Hidrogénio Verde”. O primeiro-ministro vai ainda marcar presença, esta segunda-feira, ao final da tarde, no lançamento do novo movimento denominado Aliança Internacional para a Resiliência à Seca (IDRA).
Em declarações à RTP, António Costa reiterou o objetivo de Portugal em continuar a cumprir as metas estabelecidas no Acordo de Paris para travar o aquecimento global que neste momento está no 1,2 graus, demonstrando que não se arrepende de ter desistido da aposta no carvão, encerrando as duas centrais: “Aquilo que temos demonstrado é que quanto mais depressa avançarmos na transição energética para as energias renováveis menos estamos dependentes de terceiros e menos dependentes da volatilidade dos preços nos mercado internacionais relativamente ao gás”. E, hoje, “se, apesar de tudo, os preços da energia elétrica em Portugal estão comparativamente mais baixos do que a média dos outros países é porque 60% da energia que consumimos já têm origem nas renováveis”, refere, lembrando a“meta de chegar ao final desta legislatura com 80% em energia que consumimos ser renovável”.
Apesar da Covid-19 e, agora, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia serem uma dificuldade acrescida para o cumprimento destes objetivos, António Costa é perentório: “A mensagem que tem de sair desta cimeira é que apesar de todas estas dificuldades não desistimos e temos de fazer um esforço acrescido para conseguir alcançar as metas e pela nossa parte acho que podemos dizê-lo com tranquilidade”.
Representantes de quase 200 países estão desde este domingo, 6 de novembro, reunidos em Sharm el-Sheik, no Egito, para debater as alterações climáticas e a luta contra o aquecimento global.