No âmbito da sua presença e patrocínio da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2019 (COP25), que decorre em Madrid entre 2 a 13 de dezembro, a Indra tem vindo a realçar o “importante papel da tecnologia no combate às alterações climáticas”. Num comunicado enviado à imprensa, a empresa destaca a sua presença em “vários painéis e apresentações”, onde demonstra como a “tecnologia consegue ser um elemento chave contra as mudanças climáticas”.
Entre os oradores da Indra intervenientes na COP25, encontram-se Miguel Ángel Gonzalez San Román, diretor de Infraestruturas, Cidades e Produtos Conectados no Desenvolvimento de Soluções Próprias da Minsait (empresa da Indra que abrange todos os negócios de tecnologias da Informação e transformação digital); Íñigo Guevara – diretor de Instituições Financeiras Internacionais e Multilaterais da Indra; e Rosalía Gil-Albarellos – diretora de Meio Ambiente, Água e Portos da Prointec, subsidiária da Indra especializada na consultoria de engenharia, arquitetura e infraestrutura, planeamento urbano e meio ambiente. As suas intervenções partilharam e reforçaram as possibilidades proporcionadas por tecnologias como a Big Data, inteligência artificial, Internet das Coisas, visão por satélite entre outras, no combate ao risco de alterações climáticas e proteção do meio ambiente.
Para além das políticas corporativas que a Indra tem implementadas, a empresa destaca-se pela sua “oferta de indicadores de sustentabilidade que contribuem para mitigar os efeitos das alterações climáticas no espaço, impulsionar modelos de mobilidade sustentável, implementar cidades inteligentes e detetar em minutos um possível derramamento de hidrocarbonetos no mar”, refere o mesmo comunicado.
A Indra lidera alguns dos projetos europeus mais ambiciosos na observação da Terra, gestão de informação geoespacial e monitorização climática e do meio ambiente. A empresa facilita a deteção de mudanças e riscos ambientais, melhora a prevenção e a tomada de decisões e torna possível uma resposta ágil e coordenada a fenómenos naturais extremos ou desastres climáticos.
Através da sua filial de engenharia Prointec, a Indra trabalha para que as infraestruturas tenham um menor impacto no meio ambiente. Durante a CPO25, a empresa mostrou que num cenário de concentração urbana, uma correta evolução do design de equipamentos, infraestruturas, parques urbanos, mobilidade, transporte, segurança, etc. pode supor uma importante poupança energética e de recursos. Pelo contrário, se o crescimento for realizado de forma desordenada pode causar um problema ecológico, social ou de saúde com consequências imprevisíveis.
As preocupações da Indra com o meio ambiente refletem-se nos seus projetos, nomeadamente, na gestão do tráfego aéreo. A empresa refere que é um dos parceiros do programa SESAR (Céu Único Europeu), que trabalha para “reduzir em 10% as emissões nocivas de cada voo entre 2012 e 2035, através da melhoria dos sistemas de gestão de tráfego aéreo. 85% dos passageiros dos cinco continentes voam graças à tecnologia Indra”.
Os simuladores da Indra supõem uma enorme redução das emissões, já que “possibilitam aos pilotos e condutores uma formação e treino sem praticamente qualquer impacto ambiental negativo.” O nível de realismo dos simuladores FFS (Full Flight Simulators) é tal que as horas de voo no simulador são “contabilizadas como horas de voo reais”, refere a empresa. Estes simuladores FFS contribuem para uma “melhoria ambiental superior a mais de 500 mil toneladas de CO2 por ano”. Já os simuladores de condução de autocarros, desenvolvidos pela empresa, no caso da EMT de Madrid implicam uma “redução de mais de 100 toneladas de CO2, por ano, na capital espanhola”, acrescenta.
Ao nível da ferrovia, as soluções da Indra permitiram “reduzir entre 15 e 25% de emissões contaminantes por mês”. Com a aplicação da Inteligência Artificial e do Big Data alcançou-se uma taxa de pontualidade em 98% nas linhas regulares de comboio e autocarro de Espanha, promovendo o uso do transporte público. A empresa também colaborou para a redução em quase 100% do papel usado nas gestões portuárias com a implementação da JUP – Janela Única Portuária.
Os sistemas de bilhética que a empresa tem instalados em mais de 50 cidades, gerem mais de 15 milhões de transações por dia e evoluíram para o sistema pago por telemóvel, o que supõe uma redução do uso de plástico e papel em 70%, nos próximos anos.
Minsait, tecnologia para uma gestão mais sustentável
No que diz respeito à gestão sustentável e inteligente das cidades, a Minsait, uma empresa da Indra, conta com uma das plataformas de gestão de Smart Cities mais avançadas do mundo, a Onesait Government Cities. Graças à sua capacidade de análise, inteligência artificial e Big Data, foi possível reduzir mais de 35% o consumo de água para a rega e 45% o consumo energético da iluminação e edifícios públicos nas cidades. O uso de sensores e a análise de dados em tempo real foram fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
A Economia Circular que defende a reutilização de bens e recursos está na base de um dos projetos mais inovadores da Minsait, o Smart Waste, desenvolvido em parceria com a Ecoembes. Espera-se que este projeto seja uma referência a nível europeu na gestão inteligente de resíduos.
A Onesait Environment é uma das soluções da Minsait mais pioneiras a nível tecnológico. O programa permite a deteção prévia de derramamentos de hidrocarbonetos e contribui para um consumo eficiente de recursos naturais, como a água. A tecnologia da Minsait está integrada em sistemas de gestão de vários países, possibilitando que mais de 50 milhões de pessoas tenham acesso a água potável todos os dias.
Esta aposta integral pela tecnologia foi o fator chave para a ONU conceder à Universidade de Monash (a maior da Austrália) e à Minsait, o seu parceiro tecnológico, o ‘UN Momentum for Change Award’, o prémio mais relevante a nível de inovação e sustentabilidade na COP24, que decorreu o ano passado em Varsóvia (Polónia).
Reconhecimento global em matéria de Sustentabilidade
Na edição 2019/20 do Índice de Sustentabilidade da Dow Jones (DJSI), a Indra foi uma 16 empresas incluídas no setor ‘Software and Services’, onde permanece consecutivamente há 14 anos. No último ano conseguiu melhorar a pontuação de forma significativa nas variáveis de gestão corporativa, ecoeficiência e estratégica climática. As empresas que fazem parte do DJSI são reconhecidas publicamente como líderes nas áreas de serviço social, meio ambiente e de grande atividade económica.
A Indra faz também parte do Carbon Disclosure Project (CDP), que avalia a sustentabilidade ambiental e tem como objetivo impulsionar medidas para evitar as mudanças climáticas. O CDP posicionou a empresa como uma referência pelo seu trabalho na gestão das alterações climáticas. Em 2019 a Indra melhorou a sua pontuação geral nas variáveis de ecoeficiência e estratégia climática, entre outras. A empresa faz parte do prestigiado FTSE4Good nos últimos quatro anos, em virtude do seu compromisso com a conformidade regulatória e a boa gestão corporativa.