Coopérnico desvenda alguns dos segredos que a fatura de energia esconde

Existem muitas maneiras de poupar energia em casa e, muitas delas, já são conhecidas, como trocar as lâmpadas para LED, desligar os aparelhos eletrónicos quando não se estão a utilizar, garantir o bom isolamento das portas e janelas ou não colocar alimentos quentes no frigorífico. O que se pode ainda não saber é que o tipo de tarifário contratualizado, o fornecedor de energia elétrica e a potência contratada podem também influenciar aquilo que se paga ao final do mês pelo consumo de energia elétrica. Deste modo, como se pode escolher o tarifário, potência ou fornecedor mais adequados ao consumo de eletricidade? A Cooperativa de energias renováveis Coopérnico divulga, em comunicado, algumas sugestões que devem ser tidos em conta e que, adaptados ao tipo de consumo, fazem a diferença ao final do mês.

  • Tarifário Simples e Bi-Horário

Em primeiro lugar, os tipos de tarifários disponíveis para clientes residenciais mais comuns são o tarifário Simples e Bi-horário. A principal diferença entre ambos consiste no facto de o tarifário Simples aplicar sempre o mesmo valor à energia que consome (em todas as horas do dia e da semana), ao passo que o tarifário Bi-horário aplica dois preços diferentes à energia que consome conforme as horas do dia e/ou semana.

  • Bi-horário: Ciclo diário e ciclo semanal

Além disso, importa explicar que no tarifário Bi-horário existem dois tipos de ciclos, que pode escolher: o ciclo diário e o ciclo semanal. No ciclo diário, este tarifário aplica um preço mais alto ao consumo que irá decorrer entre as 8h00 e as 22h (período chamado Fora do Vazio) e um preço mais baixo, ao consumo que ocorrer no período noturno entre as 22h e as 8h00 (período chamado de Vazio Normal). No caso do ciclo semanal, durante os dias de semana o período mais barato para consumir energia ocorre durante o período noturno entre as 00h e as 7h00, mas também durante o fim de semana, as 24 horas de domingo e o sábado tem horas em Vazio mais alargado.

Deste modo, se se conseguir colocar os maiores consumos da habitação, como aquecimento, máquinas de lavar/secar a roupa, carregamento de veículo elétrico, depois das 00h e/ou ao Domingo então o tarifário bi-horário com ciclo semanal será o melhor. Se por outro lado se consegue colocar os maiores consumos todos os dias depois das 22h então o tarifário bi-horário com ciclo diário é o mais indicado. Caso os consumos ocorram durante o dia, especialmente neste período de pandemia e confinamento, em que nos encontramos em casa no Inverno, então o tarifário simples pode ser o mais indicado.

Então como é que perceber esta informação pode ajudar a poupar energia ou minimizar o custo associado com a fatura de eletricidade? É simples. Basta pensar em que horas do dia se consome mais energia e escolher o tarifário mais indicado. Importa também relembrar que se pode a qualquer altura pedir ao comercializador contratado para trocar de tarifário conforme o consumo se vá alterando ao longo do ano, pois talvez agora no Inverno e em confinamento o tarifário simples seja o mais indicado, mas no Verão talvez o tarifário Bi-horário seja a melhor opção.

  • Consumo de energia, potência contratada e impostos

Em segundo lugar, é importante perceber que a fatura de eletricidade é composta por várias componentes, nomeadamente: o consumo de energia, a potência contratada, taxas e impostos. Ainda que não se possa fazer nada relativamente a taxas e impostos, pode-se sempre analisar formas de poupar em relação ao consumo de energia e à potência contratada por si.

A potência contratada é o valor diário que se paga pela disponibilização de um certo nível de potência no contador. Esse valor varia conforme o valor de potência que é disponibilizado e que poderá ter uma potência contratada superior à potência necessária para suprir as suas necessidades de consumo. Desta forma, importa verificar qual é a potência total necessária para o máximo número de equipamentos que poderá ter ligados ao mesmo tempo. Se se tiver contador inteligente, pode consultar-se os consumos a cada 15 minutos através do Operador de Rede de Distribuição (E-Redes).

Se se verificar uma potência superior, poderá pedir-se ao comercializador para baixar a potência e com isso poupar todos os dias do ano. E, ainda, que por dia sejam apenas cêntimos de poupança, ao longo do ano pode significar poupanças entre 30€ e 70€, dependendo dos preços do seu comercializador e da baixa de potência.

  • Fornecedor

Em terceiro lugar, a escolha de um fornecedor não tem qualquer tipo de fidelização, o que significa que deve estar atento a potenciais campanhas de angariação de novos clientes com promoções que podem compensar. Muitas vezes, em Portugal, existe o medo de mudar de comercializador por medo de falha no abastecimento de eletricidade, ou desconfiança face a outros fornecedores que não o habitual. No entanto, a troca de comercializador é um processo administrativo e a segurança no abastecimento está sempre garantida. Para perceber qual a comercializadora que apresenta melhores preços para cada casa basta utilizar os simuladores que se encontram disponíveis para todos os cidadãos e que analisam qual o melhor fornecedor para certo consumo de energia ou para tipo de consumo que se deseja ter como, por exemplo, um comercializador que forneça em exclusivo energia verde.

Podem encontrar-se estes simuladores no site da ERSE, no site Poupa Energia ou comparar diretamente com o tarifário da Coopérnico, a Cooperativa de Energias Renováveis, no simulador disponibilizado.

  • Outras dicas para se poupar

Por fim, claro, sendo-se eficiente no próprio consumo de eletricidade também irá ajudar a que se poupe energia. No Poupa Watts que a Coopérnico preparou para os seus membros e clientes e estão disponíveis os hábitos a alterar para diminuir o consumo. A Coopérnico preparou ainda um para ajudar os nossos membros e clientes a perceberem se têm a potência contratada correta e adequada ao consumo. Na plataforma ID Energia pode -se acompanhar os consumos mensais de energia, mas também de água, combustível do carro, entre outros. Apesar de existirem inúmeras formas de poupar na fatura de energia elétrica, o importante é conhecer bem os consumos e, a seguir, dedicar um pouco do seu tempo a perceber como se pode melhorá-los. E se, neste momento, se tem de estar em casa, porque não aproveitar-se a oportunidade para tratar deste assunto que beneficia não só o ambiente, mas também a carteira?