Os grandes desafios para a sociedade foram o tema central da reunião anual de acionistas da Continental. “O conceito de mobilidade está atualmente a ser redefinido. Espera-se que seja ainda mais segura, até mesmo mais limpa e, acima de tudo, totalmente conetada. E tudo isto a um preço que todos possam pagar. Tudo isso exige soluções de mobilidade mais eficientes, mais inteligentes e mais sustentáveis”, disse Elmar Degenhart, CEO da Continental, durante o seu discurso aos acionistas.
Os sistemas de condução com baixas emissões foram mais uma vez um dos tópicos centrais na recente Cimeira do Clima: “o dióxido de carbono é uma das causas principais do aquecimento global. Mais de mil milhões de veículos produzem quase um quinto das emissões de dióxido de carbono. A baralha contra as emissões poluentes entrou assim numa fase decisiva e é por isso que as leis governamentais sobre a proteção do clima estão a tornar-se mais rigorosas – e ainda bem – na Europa, nos EUA, China e Japão”, disse Degenhart, citado pela Vida Económica.
“O motor de combustão interna continuará a ser o principal sistema de condução até e depois de 2020”, referiu o responsável. Por isso a Continental está a desenvolver componentes fundamentais para sistemas de condução eficientes em termos de consumo de combustível e com baixas emissões, incluindo injeção direta, tecnologia de turbocompressor, pós-tratamentop dos gases de escape, design leve, eletrificação da transmissão, informação ao condutor e conetividade do veículo. “As nossas atuais tecnologias ajudam a reduzir o consumo de combustível em cerca de 20%”, disse Elmar Degenhart.
Do ponto de vista tecnológico, a mobilidade elétrica sem emissões não estará pronta para o mercado de massas antes de 2025, disse a mesma fonte. É necessária uma solução provisória, que contenha o motor de combustão interna e um sistema elétrico. “É por isso que estamos a combinar motores a gasolina ou a gasóleo com um pequeno motor elétrico, que alivia o fardo do motor de combustão interna em função da situação de condução. A sua fonte de alimentação funciona com uma voltagem mais alta de 48 volts. Este híbrido pode ser usado em praticamente todas as classes de veículos e entrará em produção em 2016 na Europa e brevemente na Ásia e nas Américas”.
“A solução ideal para a condução sem emissões é um carro elétrico alimentado por eletricidade verde”, afirmou Degenhart. Mas “as baterias atuais são demasiado grandes, muito pesadas e muito caras.Além disso, ainda não podem ser carregadas sem fios de forma suficientemente rápida.”