No sábado, 195 países reunidos na cimeira do clima de Paris concordaram em reduzir as emissões de gases com efeitos de estufa. Após duas semanas de negociações, os políticos chegaram a um consenso assumindo um compromisso ambicioso: limitar a subida da temperatura a 1,5 graus em relação à era pré-industrial.
No compromisso, juridicamente vinculativo, comprometem-se a reduzir significativamente o uso de combustíveis fósseis para apostar nas energias renováveis, tendo sido definido que dentro de 85 anos haverá um consumo zero de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural), avança o Correio da Manhã.
“Antes do fim do século deixa-se de poder usar combustíveis fósseis”, disse ao CM Filipe Duarte Santos. O professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa entende que o compromisso de Paris não é o fim mas o início do processo para travar o aquecimento global e a consequente subida do nível do mar. Em Portugal, os compromissos obtidos visam à escala global reduzir fenómenos atmosféricos extremos como as ondas de calor ou as cheias que atingiram o Algarve em novembro último.
Relativamente às verbas, uma das questões mais polémicas, o documento prevê o financiamento de cem mil milhões de dólares por ano para os países em desenvolvimento após 2020. Cada país deverá, daqui para a frente, estabelecer os seus objetivos com vista a atingir as metas definidas e reunirão para balanço em 2025.