O mercado elétrico, que corresponde ao gás natural consumido nas centrais de ciclo combinado para a produção de eletricidade, foi responsável por 45,5% do consumo, sendo os restantes 54,5% destinados ao mercado convencional.
Os dados divulgados, em comunicado, pela ADENE – Agência para a Energia apontam que a Nigéria manteve a liderança das importações nacionais anuais com uma quota de 47,9%, seguindo-se respetivamente, os EUA (30,2%), Trinidad e Tobago com (9,0%) e o gás importado através das interligações com Espanha (6,5%).
Segundo a ADENE, destacam-se, em relação a 2021, duas mudanças significativas no mix de importação de gás natural: “o aparecimento em força de Trinidad e Tobago no mercado nacional; e o decréscimo de importação da Rússia que passou de uma quota de 13,2% em 2021, para 4,9% em 2022”.
O ano 2022 também se caracterizou pela manutenção da baixa percentagem do gás importado através das interligações a Espanha (gasodutos), contudo, foi ligeiramente superior à verificada em 2021 (5,3%), lê-se no comunicado.
Quanto à energia elétrica, em 2022, Portugal consumiu 50.374 GWh, mais 1,8% do que no ano anterior.
“As energias renováveis abasteceram 49,3% do consumo de eletricidade em Portugal, contra os 59,5% verificados no ano anterior. O saldo importador agravou-se, fixando-se em 18,1%, quase o dobro do verificado em 2021”, precisa a ADENE.
A distribuição do abastecimento do consumo de eletricidade teve a seguinte desagregação por fonte: “térmica não renovável 32,5% (essencialmente gás natural), eólica 25,4%, hídrica 12,5%, biomassa 6,5%, solar 5,0%”.
Os dados apontam ainda que o ano de 2022 caracterizou-se pela “fraca produção hídrica que diminuiu 45,2%” face ao período homólogo.