Há cada vez mais pessoas a alterar a sua hábitos alimentares para proteger o ambiente devido à preocupação crescente com as alterações climáticas. A conclusão faz parte de um novo estudo ao consumidor encomendado pelo Marine Stewardship Council (MSC).
O estudo realizado pela consultora independente GlobeScan, em 23 países, envolveu mais de 25 mil consumidores e revelou que “quase metade (44%) das pessoas que afirmaram ter mudado a sua alimentação nos últimos dois anos o fizeram por diferentes razões ambientais, entre elas, comer alimentos de fontes mais sustentáveis (23%), reduzir o impacto das alterações climáticas (20%) e proteger os oceanos (12%)”.
No que concerne particularmente a Portugal, o estudo demonstrou que “os consumidores (97%) estão preocupados com os oceanos e divididos no que toca ao futuro ser positivo ou negativo, mas sentem-se cada vez mais capacitados (73%) para fazer mudanças através das suas escolhas de produtos do mar”.
Atrás da poluição dos oceanos, encontra-se a sobrepesca como a segunda questão que mais preocupação causa aos consumidores nacionais de pescado, com 82% a defenderem que os princípios de sustentabilidade adotados pelas marcas de grande consumo devem ser certificados por organizações independentes, aponta a análise, partilhada pelo MSC.
O MSC divulgou estas conclusões à margem de um evento que marcou o arranque da II Semana Mar Para Sempre, que decorre entre 14 e 20 de novembro, e que se centrou na análise do “Panorama do Pescado Sustentável Certificado em Portugal”.
Sob o mote #JuntosNoMesmoBarco, o MSC vai desenvolver uma campanha de sensibilização, que estará patente nas redes sociais, meios de comunicação social e superfícies comerciais dos seus parceiros em Portugal, onde se pretende dar visibilidade ao selo azul que atesta os produtos provenientes da pesca sustentável, de forma a que seja amplamente reconhecido pelos consumidores.