Está a decorrer a 15.ª edição da Semana da Responsabilidade Social. O evento é, anualmente, organizado pela APEE (Associação Portuguesa de Ética Empresarial) e pela Global Compact Network Portugal. Este ano, devido à pandemia, o evento decorre em formato online e tem como tema central: “2020-2030: A Década da Sustentabilidade”.
Mário Parra da Silva, presidente da APEE abriu a sessão “Smart Cities: Inovação na Mobilidade”, promovida, esta quarta-feira, pela EMEL (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa). O responsável precisou que a EMEL tem um o papel fundamental na “construção da sustentabilidade” da cidade de Lisboa, bem como a cidade tem, igualmente, papel fundamental na construção da sustentabilidade em Portugal. E a prova disso está no facto das Nações Unidas ter criado um Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionado com a sustentabilidade das cidades: “São cada vez mais o local onde as pessoas se reúnem para trabalhar ou viver”. E, se tal acontece, é porque “as cidades proporcionam uma qualidade de vida e uma oportunidade de trabalho” que as pessoas não conseguem encontrar com o mesmo nível noutros lugares: “A afluência às cidades é um fenómeno que começou há 200 anos atrás”, declara. Se é certo que, hoje, as cidades são um “grande centro de atenção” é, também verdade, que têm de ser capazes de “fornecer condições de habitação e educação” para que as pessoas possam fazer as suas vidas.
O presidente da APEE não tem dúvidas de que “construir o futuro” passa, exatamente, por “criar condições para uma melhor mobilidade urbana” que deve ser conseguida à custa de veículos mais eficientes. E, nestas matérias, a EMEL está a conseguir dar respostas fundamentais à cidade de Lisboa.
Para além dos impactes ambientais, a mobilidade sustentável tem impacto significativo na qualidade de vida das pessoas: “A mobilidade urbana é uma condição essencial para a sustentabilidade das cidades e esse é um grande contributo que por vezes não é suficientemente visto pela população”.
Em matérias de mobilidade há uma grande trabalho de sensibilização da opinião pública que precisa de ser reforçado: “Levar as pessoas, as empresas e as organizações a compreenderem que cada um tem de fazer o seu papel”. E isso, “significa abdicar um pouco de um conforto que é próprio em favor de um conforto coletivo”, ou seja “deixar de beneficiar de um certo direito para que todos possamos beneficiar de direitos”, remata.