Com o objetivo de melhorar a eficiência da gestão de resíduos, a Lipor e o centro de investigação Fraunhofer Portugal AICOS (FhP-AICOS) estão a desenvolver uma solução tecnológica que permite aos cidadãos fazerem parte do processo, envolvendo-os em atividades de compostagem. “ConPosting” é o sistema que está em desenvolvimento que contempla um “conjunto de sensores, uma aplicação móvel e um portal web”, explica a Lipor.
O objetivo é que, através da sensorização e digitalização dos compostores, seja possível “monitorizar a valorização dos biorresíduos através da compostagem caseira”. Este processo descentralizado permitiu em 2020, com o contributo dos cidadãos, que fossem “valorizados localmente cerca de 6 500 t. de biorresíduos”, refere um comunicado.
Segundo a Lipor, através de sensores adaptados ao compostor é possível recolher e monitorizar alguns dados como, por exemplo, a temperatura e a humidade. A monitorização do processo de compostagem passa a ser assim “mais simples e eficaz” pois é “acompanhada tanto pelo cidadão que, através de uma aplicação móvel, pode melhorar e direcionar o processo de compostagem ou por parte dos profissionais da Lipor que, através de um portal web, conseguem acompanhar todo o processo remotamente”, lê-se na nota.
O ConPosting inclui ainda uma linha de comunicação entre os cidadãos e os técnicos da LIPOR para esclarecimento de dúvidas e através da qual podem também receber dicas de jardinagem, uma vez que os resultados da compostagem (processo que demora cerca de 6 meses) são utilizados como “adubo natural”. Para além da importância no impacto ambiental da cidade e na gestão de resíduos, o ConPosting pretende melhorar não só a vida dos habitantes, mas também reduzir os custos de recolha e tratamento de resíduos, aumentando assim a sua eficiência e aplicando técnicas de gestão de resíduos voltadas para a comunidade.