O X Congresso Internacional de Agroecologia, Agroecologias do Mundo: unidas para enfrentar as crises globais terá lugar pela primeira vez em Portugal. O Instituto Politécnico de Viseu, através da Escola Superior Agrária, será a entidade organizadora deste grande congresso, que decorrerá de 2 a 6 de setembro.
Três princípios caracterizam os Congressos Internacionais de Agroecologia: representatividade igual de apresentação de trabalhos académicos e não académicos, valores de inscrição reduzidos e apoio para jovens investigadores de países de África e América do Sul. Têm, por isso, conseguido juntar participantes do setor social, agrícola, técnico, científico, académico, políticos e, ainda, movimentos sociais e todas as pessoas interessadas em agroecologia.
A realização do X Congresso Internacional de Agroecologia em Portugal permite a inclusão da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se reconhece deterem um trabalho muito relevante e reconhecido em agroecologia.
O evento será exclusivamente presencial, para promover os contactos entre as pessoas participantes, a criação de parcerias e a consolidação de redes. Prevê-se que este evento reúna mais de 300 investigadores de todo o mundo (estão submetidos mais de 300 trabalhos em diversos formatos de apresentação), pelo que será certamente um momento a acompanhar em VISEU.
Ao longo de cinco dias, para além das partilhas cientificas, experiências, intervenções artísticas e momentos culturais e gastronómicos, prevê-se, ainda, fazer um ponto de situação e reforçar o ‘momentum’ iniciado em abril de 2023 em Torres Vedras, a ‘Confluência Agroecológica), onde coletivamente se iniciou o esforço de criar uma rede nacional de agroecologia e unir os esforços partilhados por diversos atores, desde agricultores, técnicos, jornalistas, academia, consumidores.
O congresso tem seis linhas temáticas: (1) Práticas agroecológicas nas dinâmicas dos agroecossistemas multiterritoriais (construção, restauração, conservação), (2) Políticas públicas agroecológicas no mundo: consonâncias e dissonâncias, (3) Novas relações sociais equitativas e identitárias (de género, étnicas, geracionais, culturais), (4) Mudança climática, pobreza económica e estratégias de sobrevivência, (5) Isolamento geográfico e globalidade alimentar, (6) Movimentos sociais agroecologia e emancipação coletiva (mecanismos de governança).