Laura Caldeira, Presidente do LNEC, foi uma das oradoras da sessão de abertura do 17.º Congresso da Água, e começou por manifestar que o lema “Ação rumo à Sustentabilidade” é “motivador”.
Reforçando a ligação do laboratório à APRH (associação organizadora do evento), a responsável defendeu uma “colaboração sinergética” para chegar a soluções para os diversos problemas que hoje o setor da água enfrenta, como é o caso da escassez sazonal, da desigualdade no acesso a recursos, da pressão hídrica, que são agravados pelas alterações climáticas.
Atualmente, a gestão tem sido “frequentemente fragmentada, reativa e desarticulada” e por isso “repensar a segurança da água em Portugal não é uma opção, mas uma necessidade legítima”. “A água deve ser assumida como um eixo estruturante do planeamento e da política pública, com impacto direto na resiliência ecológica, económica e social do país”, acrescentou Laura Caldeira.
Para a própria, “as soluções de base da natureza não podem ser encaradas como uma tendência passageira, mas como infraestruturas estratégicas para a segurança hídrica”, e considera que em Portugal já existem “exemplos inspiradores”.
Por fim, “é também importante reconhecer que a água em Portugal atravessa ministérios, municípios, setores económicos e comunidades”.
O Congresso da Água acontece de 8 a 11 de abril, no Hotel Vila Galé em Lagos, no Algarve, com a presença de mais de 400 participantes.
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Congresso da Água: “Planeamento do território deve ter em conta o uso inteligente da água”