Esta foi uma das afirmações proferidas por José Pimenta Machado da APA (Agência Portuguesa do Ambiente), na sessão de abertura do 17.º Congresso da Água, organizado pela APRH (Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos).
Defendendo que esta lei tem de ser revisitada, pois muitas medidas não passam de recomendações e já não funcionam no cenário atual do setor, o próprio orador confirmou que a APA já fez chegar ao Governo a necessidade desta alteração.
Mesmo assim, Pimenta Machado apontou os pontos positivos da recente estratégia aprovada “Água que Une”, visto que esta visa a eficiência hídrica e a resiliência dos recursos, considerando que a ApR (água para reutilização) deve ser um passo a não falha, pois não é comportável, como explica, usar a água que bebemos para lavar ruas ou regar campos de golfe.
No entanto, levantou o problema de que “temos muitos planos e não temos capacidade para os concretizar”,na ótica de que é preciso focar em estratégias/planos que realmente possam trazer soluções, como é exemplo o Plano de Resiliência Hídrica do Algarve, que “é inovador e exemplar”.
Noutro ponto, Pimenta Machado falou da importância de “aprender a medir mais, porque só se gere o que se mede” e da digitalização, porque “o conhecimento é fundamental nesta área”.
O Congresso da Água acontece de 8 a 11 de abril, no Hotel Vila Galé em Lagos, no Algarve, com a presença de mais de 400 participantes.