Conferência dos Oceanos: França e Costa Rica anunciam interesse em acolher edição em 2025
“Apesar das graves perturbações com a guerra em solo europeu, as Nações Unidas têm muito trabalho a fazer e não devemos desviar a nossa atenção coletiva quanto à agenda de desenvolvimento sustentável”, disse Emmanuel Macron, Presidente da França, esta quinta-feira, 30 de junho, numa sessão plenária da 2.ª Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Nesta sessão, o Presidente francês anunciou a candidatura de França, juntamente com a Costa Rica, para acolher, em 2025, a 3.ª Conferência dos Oceanos: “O nosso compromisso é total e coletivo”. E a Conferência dos Oceanos em Lisboa é importante para fazer o “ponto de situação sobre os avanços”, assim como “definir a agenda das próximas semana e meses”, disse Macron, considerando que, os anos mais próximos, devem ser preparados para “reagrupar a comunidade internacional e juntá-la em torno dos objetivos”.
Destacando o “grande passo dado pela Europa” em matéria ambiental e climática com os vários objetivos traçados para 2030 e 2050, Emmanuel Macron defende que é na proteção do “carbono azul” que “estamos a agir em favor do clima e da biodiversidade”. Dando alguns exemplos dos compromissos de França em relação às metas climáticas, o presidente destacou o “transporte marítimo e aéreo limpo”, o “restauro do património marinho”, a “desflorestação”, o “término do plástico descartável e de utilização única” ou o “fim da sobrepesca e da poluição” através da “fixação de um quadro nos espaços de liberdade ameaçados”.
A visita de Macron a Portugal culminou num passeio junto ao rio, entre o Altice Arena e o Oceanário de Lisboa, na companhia de Marcelo Rebelo de Sousa.
Desde segunda-feira, 27 de junho, que decorre, em Lisboa, a 2.ª Conferência dos Oceanos. Pela capital portuguesa passaram mais de 60 mil participantes, incluindo 159 Delegações de Estados-Membros, 15 Chefes de Estado, 1 Vice-Presidente, 9 Primeiros-ministros, 154 Ministros e 17 altos representantes de organizações governamentais internacionais. Hoje, sexta-feira, 1 de julho, termina o Encontro com a adoção da Declaração de Lisboa.