As florestas só são debatidas na época dos fogos, mas deviam estar na ordem do dia “durante todo o ano”, pelo valor social e económico que têm e pelas ameaças, da má gestão às alterações climáticas.
A ideia é defendida ao Jornal i por Helena Pereira, coordenadora do Centro de Estudos Florestais, um dos grupos de investigação mais antigos no país integrado no Instituto Superior de Agronomia.
Para fechar as comemorações dos 40 anos, que se iniciaram no ano passado, o centro organizou um seminário com palestras sobre o planeamento e gestão florestal, inovação na indústria e estratégias de combate aos fogos. O que importa debater nesta área foi o mote, daí o nome dado à conferência: “Novos desafios para a investigação florestal”.
O programa arrancou quinta-feira e termina hoje. Ao todo, a iniciativa atraiu 120 participantes e contou com a participação de oradores estrangeiros, revela a organização. O CEF foi criado em 1976 e teve entre os seus percursores figuras como João Santos Pereira.
Este centro universitário, inserido na Universidade de Lisboa, é único no país que estuda a floresta de forma integrada. O setor gera mais de 113 mil empregos e tem beneficiado algumas inovações científicas, como o método patenteado para aumentar a rentabilidade.