Face à demissão da secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, um dia depois da tomada de posse em substituição do anterior titular, a CNA – Confederação Nacional da Agricultura lamenta que o Governo e o Ministério da Agricultura percam tempo com “trapalhadas”, numa altura em que é, por demais, urgente resolver os problemas do setor.
Num comunicado, enviado às redações, a CNA reafirma que, “para lá dos titulares dos cargos, o que verdadeiramente é preciso mudar são as políticas para o setor agro-florestal e para o Mundo Rural”, de forma a “dar resposta aos desafios que os agricultores estão a enfrentar”.
Acresce que a “degradação dos rendimentos dos agricultores (quebra de 12% em 2022, segundo o INE)”, os “elevados custos de produção” e as “novas regras introduzidas pelo Plano Estratégico Nacional da Política Agrícola Comum” exigem “um Ministério da Agricultura forte e operativo”, incluindo as áreas das “Florestas e do Desenvolvimento Rural”, e capaz de “dar as respostas necessárias aos agricultores, sem mais perda de tempo”, lê-se no comunicado.
“O Ministério da Agricultura e o Governo que aproveitem, sem mais demoras e com seriedade, a oportunidade de mudanças nos titulares da pasta para assumir outras políticas capazes de promover o desenvolvimento da produção nacional e do Mundo Rural, com a justa remuneração do trabalho dos agricultores e para dinamizar o Estatuto da Agricultura Familiar”, reclama a Confederação.
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