A Autoridade da Concorrência (AdC) identifica barreiras à entrada e à expansão no mercado de gás natural passíveis de afetarem a concorrência no segmento dos clientes industriais e de fragilizar a probabilidade de surgirem ofertas mais competitivas, noticia a agência Lusa.
No relatório divulgado hoje, a Concorrência identifica barreiras sobretudo de natureza estrutural, num mercado liderado pela Galp, destacando a insuficiente integração de mercados ao nível ibérico e a dupla aplicação das tarifas de uso da rede de transporte no comércio transfronteiriço entre Portugal e Espanha.
Além disso, detetou “elevados custos de acesso ao Terminal de Gás Natural Liquefeito (GNL) de Sines para pequenos operadores”.
“O efeito conjunto destas barreiras restringe a capacidade dos comercializadores para importar gás natural por via terrestre a preços competitivos e limita a utilização do Terminal de GNL de Sines, penalizando a competitividade do Sistema Nacional de Gás Natural (SNGN) e, consequentemente, os preços finais a clientes industriais”, refere o organismo liderado por Margarida Matos Rosa.