A Comissão Europeia associou-se ao Fundo Europeu de Investimento, que faz parte do grupo do Banco Europeu de Investimento (BEI), para lançar hoje o Fundo BlueInvest. Durante a conferência BlueInvest em Bruxelas, a vice-presidente do BEI, Emma Navarro, e o comissário do Ambiente, Oceanos e Pescas, Virginijus Sinkevičius, lançaram um fundo de investimento de capital próprio de 75 milhões de euros para a economia azul.
O Fundo BlueInvest será gerido pelo Fundo Europeu de Investimento e financiará fundos de investimento subjacentes que visem e apoiem estrategicamente a economia azul inovadora. Este setor pode desempenhar um papel importante na transição para uma economia neutra em termos de carbono até 2050, uma ambição anunciada no Pacto Ecológico Europeu. O novo programa é apoiado pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos, o pilar financeiro do Plano de Investimento para a Europa.
A economia azul diz respeito a atividades económicas relacionadas com os oceanos, os mares e as zonas costeiras e abrange as empresas que produzem bens ou serviços que contribuem para a economia marítima, quer operem no mar quer em terra. Na economia azul enquadram-se muitas empresas e iniciativas promissoras em fase de arranque, muitas vezes provenientes de programas de I & D financiados pela UE. Estas empresas desenvolvem soluções para as energias renováveis, a sustentabilidade dos produtos do mar, a biotecnologia azul, os sistemas informáticos marítimos e muito mais.
O novo fundo do programa é complementado pela plataforma BlueInvest da Comissão Europeia, que estimula a propensão a investir das empresas em fase de arranque, das PME e das empresas em expansão e facilita o acesso dessas empresas ao financiamento. Através do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas, a Comissão financia igualmente um regime de subvenções de 40 milhões de euros adicionais, destinado a ajudar as PME da economia azul a desenvolver e a comercializar novos produtos, tecnologias e serviços inovadores e sustentáveis.
Virginijus Sinkevičius, comissário europeu do Ambiente, Oceanos e Pescas, afirmou: “Se é verdade que oceanos são os primeiros a ser afetados pelas alterações climáticas, não é menos verdade que também reservam muitas soluções para combater a emergência climática em todos os setores marítimos, como a pesca e a aquicultura, a energia eólica marítima e a energia das ondas e das marés, a biotecnologia azul e muitos outros domínios relacionados com a inovação. Um fundo de investimento de capital de 75 milhões de euros é um instrumento para desbloquear o potencial da economia azul, contribuindo para o Pacto Ecológico e assegurando o crescimento económico das PME europeias que desenvolvem produtos e serviços inovadores e sustentáveis”.
Emma Navarro, vice-presidente do BEI, responsável pela Economia Azul, afirmou: “Embora sejam fundamentais para a vida na Terra, os oceanos estão ameaçados e precisam de ser protegidos. É por esta razão que estamos a desenvolver soluções de financiamento inovadoras para apoiar a economia azul, que nos permitam financiar a proteção dos oceanos e transformar os mares num recurso económico sustentável. O Fundo BlueInvest, que estamos a lançar hoje, contribuirá significativamente para a mobilização de investimentos privados neste setor e para a realização de projetos fundamentais. Assinala uma nova parceria importante entre o Fundo Europeu de Investimento e a Comissão Europeia”.
Alain Godard, diretor-geral do Fundo Europeu de Investimento, declarou: “Os oceanos apresentam um enorme potencial de crescimento económico, mas este crescimento deve ser sustentável. Os investimentos no setor da economia azul, hoje contratados, mostram a forma como os fundos públicos na UE podem ser mobilizados para atrair investimento privado e catalisar o desenvolvimento deste setor. Congratulo-me com o facto de podermos agora lançar o fundo BlueInvest, o qual, em combinação com outro capital privado, contribuirá para impulsionar a agenda da economia azul da Europa”.