Comissão dota regiões ultraperiféricas dos Açores e da Madeira com estratégia renovada
A Comissão Europeia adotou esta terça-feira, 3 de maio, uma estratégia renovada para as regiões mais remotas da Europa, com vista a tirar proveito das suas potencialidades através de investimentos e reformas adequados.
Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Maiote, Reunião e São Martinho (França), Açores e Madeira (Portugal) e ilhas Canárias (Espanha) são as nove regiões ultraperiféricas, contempladas na estratégia da Comissão.
De acordo com o boletim informativo, publicado pela Comissão, a estratégia dá prioridade às pessoas e propõe medidas concretas para melhorar as condições de vida dos cinco milhões de habitantes das mesmas regiões: “favorecer as transições ecológica e digital e tirar partido das suas vantagens únicas, de que são exemplo populações jovem, extensas zonas marítimas, biodiversidade única e potencial de investigação”, refere o mesmo boletim.
Para além do financiamento para estas regiões já negociado no quadro dos fundos e programas para o período 2021-2027, a Comissão está a criar oportunidades específicas em muitos domínios de intervenção da UE, incluindo o “lançamento de uma série de convites específicos à apresentação de projetos exclusivamente dedicados às regiões ultraperiféricas”, por exemplo, para “apoiar os jovens que aí vivem a desenvolver projetos locais e favorecer estratégias da economia azul, a inovação regional, a investigação e a biodiversidade”.
No entender da Comissão, estas nove regiões ultraperiféricas representam vantagens únicas: “uma população jovem, uma biodiversidade rica, uma localização estratégica para atividades espaciais e de astrofísica, extensas zonas económicas marítimas e o estatuto de postos avançados da UE em todo o mundo”. As regiões apresentam também importantes potencialidades para continuar a desenvolver setores essenciais como a “economia azul, a agricultura, as energias renováveis, as atividades espaciais, a investigação ou o ecoturismo”, pode ler-se no mesmo boletim.
No próximo dia 21 de junho, serão adotadas, pelo Conselho dos Assuntos Gerais, as conclusões sobre a esta estratégia.