O comércio internacional de todas as espécies de pangolins, um mamífero ameaçado de extinção, foi proibido ontem, dia 28, pelo comité da Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES), em Joanesburgo, na África do Sul, noticiou a agência Lusa.
“O comité aceitou que todas as espécies de pangolins – africanos e asiáticos – sejam inscritos no anexo I” da convenção, que proíbe o comércio de espécies ameaçadas, foi divulgado hoje na conta oficial da CITES no Twitter. Até agora, o comércio das oito espécies conhecidas deste mamífero que vive em África e no sudeste asiático era legal, mas regulamentada.
“Esta é uma grande vitória e uma rara boa notícia para uma das espécies mais ameaçadas do mundo”, disse Ginette Hemley, a chefe da delegação da organização mundial de proteção da natureza WWF.
Segundo a conservacionista, “isso conclui as questões em torno da legalidade do comércio, fazendo com que o tráfico seja mais difícil”, apelando aos 182 Estados-membros da Convenção a “implementar rapidamente a decisão”.
A carne delicada, os ossos e os órgãos do pangolim são populares entre os chineses e vietnamitas. Os curandeiros também usam as suas escamas de queratina – o mesmo material do chifre de rinoceronte — como componente terapêutico. Na cultura tradicional africana, o mamífero também é conhecido por afastar o mau-olhado. Porém, a reprodução destes mamíferos é muito difícil.