Com ou sem acordo, impacto nos preços do petróleo será limitado
A Rússia, Arábia Saudita e outros membros da OPEP vão reunir-se para tentar chegar a acordo para congelar a oferta de petróleo. Esta aparente concessão da Arábia Saudita na sua estratégia de preços baixos tem impulsionado as cotações do barril. Mas o ceticismo sobre a eficácia deste acordo para reequilibrar o mercado petrolífero é elevado. Os preços podem subir mas pouco, antecipam os analistas.
A reunião de domingo surge dois meses depois do primeiro encontro em Doha, a 17 de fevereiro, em que a Arábia Saudita, a Rússia, a Venezuela e o Qatar discutiram um acordo para congelar a produção nos níveis do mês anterior. Nesta altura, os preços estavam próximos de mínimos de 12 anos, abaixo dos 30 dólares por barril. Desde então, com a expetativa de uma intervenção dos maiores produtores para equilibrar o mercado, os preços já avançaram 38% para 44 dólares, em Londres.
“Qualquer acordo não terá um impacto significativo no equilíbrio entre a oferta e a procura no primeiro semestre” diz a Agência Internacional de Energia (AIE), segundo o Negócios.