O projeto vínico Colinas do Douro viu o seu compromisso ecológico reforçado com a aprovação de um fundo ambiental que lhe permite aprofundar o seu Projeto de Reforço Ecológico, pode ler-se no comunicado da quinta. Desde 2010 que as Colinas do Douro mantém uma acentuada filosofia de consciência ambiental, que lhe valeu a assinatura com o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) de um Memorando de Entendimento, no âmbito do qual foi definido um modelo de gestão que considera a biodiversidade parte integrante da atividade da empresa.
Esta filosofia passou a estar presente em todas as facetas da atividade vinícola e agrícola, traduzindo-se num conjunto de ações como a gestão dos 106 hectares de vinha em modo de produção integrada (desde 2010) e 5 hectares em fase final de transição para o Modo Biológico. As Colinas do Douro fazem ainda o armazenamento de água durante o período das chuvas, numa charca reabilitada em 2018, com 55 000 m3 de capacidade, o que diminui o gasto de água no período de seca.
Mas este conjunto de medidas abrange também a melhoria e a conservação das condições das espécies da fauna e flora e dos seus ‘habitats’ naturais. Assim, foi definida uma zona de “Santuário para as aves”, na escarpa granítica da Ribeira de Aguiar, onde é possível, observar espécies como grifos, britangos, o tartaranhão-caçador, águia-real, águia de Bonelli, águia-cobreira e águia-calçada. Para isso, de acordo com a quinta, muito contribuíram acções como a instalação de comedouros e bebedouros na propriedade; os 18 abrigos para morcegos construídos entre 2019 e 2020, que ajudam a controlar as pragas e a reduzir a utilização de insecticidas; ou ainda a construção de ninhos do Abutre-preto, uma espécie em perigo de extinção. Foram ainda colocados 25 apiários, em 2020, para promover a polinização da flora e tirar partido dos recursos endógenos, produzindo mel com a marca Colinas do Douro.
Inserida no Parque Natural do Douro Internacional, a propriedade das Colinas do Douro reconhece a importância do respeito pela natureza, também para a produção de grandes vinhos, sem causar dano. “Quem trabalha com um produto da Natureza, como é o caso da vinha e das uvas, percebe facilmente como tudo isto está interligado – e que o nosso papel enquanto atores em cenários destes é preservar”, afirma Jorge Rosa Santos, enólogo das Colinas do Douro. “Só assim podemos trabalhar para um mundo melhor, que os nossos filhos possam desfrutar, como os nossos pais puderam”, acrescenta.
O Plano de Reforço Ecológico da Colinas do Douro tem como parceiros vários organismos estatais e europeus, assim como associações do setor e ambientais, como o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Parque Natural do Douro Internacional (PNDI), Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID), a Plataforma Europeia Business & Biodiversity, Sinergiae Ambiente, SATIVA, Plecotus, Associação Palombar, MorAmbiente, Apibéricos Beekeeping ou Floema. O memorando que elenca todas as medidas do Plano de Reforço Ecológico de Colinas do Douro pode ser consultado no link anexo.