A CNA (Confederação Nacional da Agricultura) acusa o Governo em gestão de discriminação, depois do mesmo ter aprovado, em Conselho de Ministros, uma alteração do Fundo Ambiental para financiamento a duas Confederações Agrícolas, excluindo a CNA, para “apoiar e acompanhar o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas na coordenação, implementação e celebração da 2.ª geração de contratos-programa com as federações representativas de baldios”.
Tendo tomado conhecimento, há alguns meses, que estaria em preparação tal alteração, a CNA solicitou esclarecimentos ao Ministério do Ambiente e que fosse incluída neste processo, afirmando não ter obtido qualquer resposta.
“Esta discriminação, anti-democrática, é uma inadmissível afronta e negação do património histórico da CNA, das suas Filiadas e das lutas dos próprios Baldios. A CNA foi fundada em 1978, em Coimbra, por dezenas de organizações de agricultores e também de muitos baldios do Norte e Centro do país, como se pode ler na Carta da Lavoura, documento fundador da CNA, onde constam as necessidades e exigências que naquela altura, mas também hoje, se colocam às propriedades comunitárias. A CNA, não raras vezes sozinha, sempre lutou e defendeu os compartes dos baldios, a propriedade comunitária e as comunidades rurais”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.