Cine Eco 2016: o cinema que pode mudar o mundo
Quem for a Seia, no sopé da Serra da Estrela, até dia 15, arrisca-se a revalidar as suas convicções e até mesmo o modo de vida. Aliás, é esse o mote do Festival Internacional de Cinema Ambiental, dirigido por Mário Branquinho, e programado por José Vieira Mendes, que vai já na 22ª edição, noticiou hoje o jornal I. O evento aposta sobretudo em sessões gratuitas, nas quais as preocupações ambientais, ecológicas e de sustentabilidade são tratadas por cineastas do mundo inteiro, em cerca de uma centena de filmes divididos pela competição internacional, documentários e curtas metragens.
Numa edição cujo tema é a recuperação do slogan “Nuclear, Não Obrigado!”, existe a possibilidade de exibir, pela primeira vez em Portugal, o documentário “A Suplicação – Vozes de Chernobyl”, do Luxemburguês Pol Gruchten. Um filme poderoso e duro – inspirado no livro da bielorussa Svetlana Alexievich, Nobel da Literatura em 2015 – e candidato pelo Luxemburgo ao Óscar de Melhor Filme Estrangeiro. Diante das ruínas da central nuclear que sofreu o acidente em 1986, ouve-se a voz de Valentina Timofeivna ao recordar a agonia e a desintegração física do marido, bem como de tantas personagens das 500 que a autora entrevistou na sua pesquisa de 20 anos.
No mesmo evento é ainda possível ver os filmes “Crescimento Sagrado” ou o “O Normal é Mais que um filme”.